Certas coisas vem à calhar mesmo, hem? Bene, sábado fui ao italiano e foi lindo. Aprendemos futuro e, agora não sou mais tão ignorante e já até consigo formar freses inteiras... O que eu aprendi no inglês sozinha, estou aprendendo no italiano acompanhada. Não tenho muito saco para cursos mas, enquanto este é um desafio para mim, me mantenho interessada. No inglês, preciso mesmo é de um professor particular. Pra treinar minha conversação e meu vocabulário....
No domingo, fui pra uma reunião. Um grupo de estudos ou de TUDOS, como preferimos. Uma usina de idéias muito bacana onde tudo é permitido... hehhe, no bom sentido se é que o bem existe... foi bom. Veio a calhar com minha história agora... falamos sobre a...
Desterritorialização
Palavra gigante e vazia. Larga e com um significado vazio não fosse o imenso conteúdo, um suco que conseguimos tirar dali. Assistimos um filme chamado O CÉU QUE NOS PROTEGE, baseado no filme do Paul Bowles. O livro eu já tinha lido uns dois ou três anos atrás. Achei o livro um pouco chato. O filme também, confesso. Mas, no fundo, ele faz mais do que nossa surdez permite ouvir e mostra além do que nossa miopia permite enxergar.
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Compreender quais são nossos territórios, nossos espaços, o lugar que ocupamos aqui, no mundo e em nossa própria vida. E, na vida dos outros. Quando deixo de ser eu e me confundo com vc? Quando perco minha identidade? Quando é que me encontro e largo o que tenho e parto? Por que a fuga? O território é antes um espaço físico ou vai além, mais psicológico onde eu quero ser invadida por alguém ou eu mesma quero invadir ? Será que lá serei mais feliz? Lá onde ninguém me conhece, onde não passo além de mais uma, onde qualquer dia pode ser O DIA da minha vida, o primeiro ou o último?
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Eu sei que sou um território. Sei de outros que me cercam. Espaços de vida que me interessam e me despertam a curiosidade de alguma forma. Fico barrada em algumas fronteiras; em outras, me vejo obrigada a invadir, a avançar. Eu como, meu país, me vejo na condição de defesa, de armar minhas fronteiras e ficar a postos, vigilante, para que o intruso ou o inimigo jamais ouse entrar... Mas, e quando o mistério ronda, o véu cai e, o que temos é o rubor, o calor, a paixão??? Quando nos confundimos e perdemos a nossa própria identidade? Quando amamos e para sanarmos nosso próprio egoísmo, permitimos a divisão do mesmo espaço e cedemos mais do nosso território do que poderíamos supor??
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É o medo de perder este espaço, talvez, que nos faça ter tanto medo de amar. De se entregar, simplesmente. Não sei. Não sou a pessoa mais indicada para falar disso nesse momento. Eu disse em algum post perdido deste ou daquele velho Miss Liquid que, a gente sempre se torna suspeito quando sabe demais. E, neste momento estou nessa posição. Sou suspeita. Mas, ainda estou na dúvida se vou atrás do risco de me machucar cada vez mais , talvez, ou se fico com minhas inseguras e tortuosas certezas.
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O que é a convivência? Aos poucos, vou construindo minha forma de ser e estar. Não tenho muita prática de convivência a não ser com o montaréu de pessoas que passam por mim todos os dias e de repente, me vejo absolutamente irritada com as pessoas que repetem meus atos, principalmente os mais sistemáticos, conscientes do que estão fazendo. Esse meu egoísmo me faz querer e ter vontade de ir mesmo viver isolada. Quando vc diz uma frase e alguém a toma como propriedade, quando vc tem uma mania e alguém repete, pouco originalmente. Isso me faz lembrar de uma garota do colégio, que na hora de rezar o pai nosso, ficava balançando em pé de um lado para o outro. Ela fez daquilo uma marca e dizia que era uma mania porque a avó dela a ninava muito daquela forma quando pequena. No final do ano (estávamos na 4ª série), mais uma cinco/seis meninas também balançavam: uma pra frente e pra trás, uma só de vez em quando, uma copiando descaradamente, outra balançava só a cabeça e outra só os braços. Desculpa mas isso é uma puta FALTA DE ORIGINALIDADE que, de boa, se repete até a vida adulta se o cara não se policiar.
Me irritei com isso algumas vezes nas últimas semanas e sou sincera: estou tentando desencanar porque eu ainda não patenteei (oras, e nem vou, né?), o meu jeito de ser nem minhas manias. Mas, cada um na sua.
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Depois desse post tão longo quero ver quem chegou até aqui. hehehe, se quiser, deixe a palavra código no comentário: Monkey. Isso mesmo, escreva lá. Duvido que alguém tenha saco de ler posts tão chatos e individualistas e longos e malas assim.
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Quantas vezes a gente cruza um desconhecido até que lhe reconheçamos o rosto? E, quantas vezes este rosto deverá ser desvencilhado para que possa se tornar uma visão da alma?
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Hoje eu sou um "não". Não e Não. Hoje eu sou um não. A própria negativa. Não quero dizer, no sentido de força impeditiva ou mesmo indicativa para baixa. Mas, a própria expressão do Não. A negação. Nada eu quero. Nada eu posso hoje. Não. Não quero. Simplesmente isso.
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Talvez seja por isso que eu sempre quero ir embora. Eu entendo minha desterritorialização. Mas, eu sempre fico.
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Até quando, eu não sei.
No domingo, fui pra uma reunião. Um grupo de estudos ou de TUDOS, como preferimos. Uma usina de idéias muito bacana onde tudo é permitido... hehhe, no bom sentido se é que o bem existe... foi bom. Veio a calhar com minha história agora... falamos sobre a...
Desterritorialização
Palavra gigante e vazia. Larga e com um significado vazio não fosse o imenso conteúdo, um suco que conseguimos tirar dali. Assistimos um filme chamado O CÉU QUE NOS PROTEGE, baseado no filme do Paul Bowles. O livro eu já tinha lido uns dois ou três anos atrás. Achei o livro um pouco chato. O filme também, confesso. Mas, no fundo, ele faz mais do que nossa surdez permite ouvir e mostra além do que nossa miopia permite enxergar.
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Compreender quais são nossos territórios, nossos espaços, o lugar que ocupamos aqui, no mundo e em nossa própria vida. E, na vida dos outros. Quando deixo de ser eu e me confundo com vc? Quando perco minha identidade? Quando é que me encontro e largo o que tenho e parto? Por que a fuga? O território é antes um espaço físico ou vai além, mais psicológico onde eu quero ser invadida por alguém ou eu mesma quero invadir ? Será que lá serei mais feliz? Lá onde ninguém me conhece, onde não passo além de mais uma, onde qualquer dia pode ser O DIA da minha vida, o primeiro ou o último?
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Eu sei que sou um território. Sei de outros que me cercam. Espaços de vida que me interessam e me despertam a curiosidade de alguma forma. Fico barrada em algumas fronteiras; em outras, me vejo obrigada a invadir, a avançar. Eu como, meu país, me vejo na condição de defesa, de armar minhas fronteiras e ficar a postos, vigilante, para que o intruso ou o inimigo jamais ouse entrar... Mas, e quando o mistério ronda, o véu cai e, o que temos é o rubor, o calor, a paixão??? Quando nos confundimos e perdemos a nossa própria identidade? Quando amamos e para sanarmos nosso próprio egoísmo, permitimos a divisão do mesmo espaço e cedemos mais do nosso território do que poderíamos supor??
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É o medo de perder este espaço, talvez, que nos faça ter tanto medo de amar. De se entregar, simplesmente. Não sei. Não sou a pessoa mais indicada para falar disso nesse momento. Eu disse em algum post perdido deste ou daquele velho Miss Liquid que, a gente sempre se torna suspeito quando sabe demais. E, neste momento estou nessa posição. Sou suspeita. Mas, ainda estou na dúvida se vou atrás do risco de me machucar cada vez mais , talvez, ou se fico com minhas inseguras e tortuosas certezas.
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O que é a convivência? Aos poucos, vou construindo minha forma de ser e estar. Não tenho muita prática de convivência a não ser com o montaréu de pessoas que passam por mim todos os dias e de repente, me vejo absolutamente irritada com as pessoas que repetem meus atos, principalmente os mais sistemáticos, conscientes do que estão fazendo. Esse meu egoísmo me faz querer e ter vontade de ir mesmo viver isolada. Quando vc diz uma frase e alguém a toma como propriedade, quando vc tem uma mania e alguém repete, pouco originalmente. Isso me faz lembrar de uma garota do colégio, que na hora de rezar o pai nosso, ficava balançando em pé de um lado para o outro. Ela fez daquilo uma marca e dizia que era uma mania porque a avó dela a ninava muito daquela forma quando pequena. No final do ano (estávamos na 4ª série), mais uma cinco/seis meninas também balançavam: uma pra frente e pra trás, uma só de vez em quando, uma copiando descaradamente, outra balançava só a cabeça e outra só os braços. Desculpa mas isso é uma puta FALTA DE ORIGINALIDADE que, de boa, se repete até a vida adulta se o cara não se policiar.
Me irritei com isso algumas vezes nas últimas semanas e sou sincera: estou tentando desencanar porque eu ainda não patenteei (oras, e nem vou, né?), o meu jeito de ser nem minhas manias. Mas, cada um na sua.
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Depois desse post tão longo quero ver quem chegou até aqui. hehehe, se quiser, deixe a palavra código no comentário: Monkey. Isso mesmo, escreva lá. Duvido que alguém tenha saco de ler posts tão chatos e individualistas e longos e malas assim.
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Quantas vezes a gente cruza um desconhecido até que lhe reconheçamos o rosto? E, quantas vezes este rosto deverá ser desvencilhado para que possa se tornar uma visão da alma?
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Hoje eu sou um "não". Não e Não. Hoje eu sou um não. A própria negativa. Não quero dizer, no sentido de força impeditiva ou mesmo indicativa para baixa. Mas, a própria expressão do Não. A negação. Nada eu quero. Nada eu posso hoje. Não. Não quero. Simplesmente isso.
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Talvez seja por isso que eu sempre quero ir embora. Eu entendo minha desterritorialização. Mas, eu sempre fico.
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Até quando, eu não sei.
Miss Liquid
Miss Liquid é o codinome que escolhi quando comecei a escrever esse blog em 2001. Reflete a capacidade que tenho de me adaptar às situações e também os estados de espírito que posso percorrer: do mais frio (ou até gelado) até a ebulição, o fervor... Perspicaz, afiada, intensa, sagaz. Amorosa, sensível, mãe. Aqui me expresso plenamente, já que nas redes sociais, os caracteres são limitados e as mentes superficiais.
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