Começando de novo?
a separação aconteceu. ele foi embora. com muita dor, tenho de dizer.
eu também senti muita dor. uma dor estranha, dessas de contorcer o corpo. imaginei até que poderia ser algo como um dependente químico pode chegar a sentir quando para de tomar uma droga.
porque no fundo, apesar de toda a beleza desses anos todos, apesar de tudo de bacana que construimos juntos, eu acho que estávamos mesmo viciados um no outros, principalmente nos últimos anos e presos nessa rotina maluca (e deliciosa) de ser pais.
então doeu muito, senti a casa vazia, cada canto tem uma história...
agora é tempo de seguir... mas, como e pra onde?
doeu muito mas, a dor que senti hoje já foi um pouco menor do que a dor que senti ontem, que também foi menor que a dor que senti na primeira noite. quando ele foi pelo avião, a minha ficha não tinha caído, ficou só um vazio... e com o cair da noite, a dor foi chegando junto, foi invadindo o peito... a solidão foi tomando espaço e a tristeza.... a tristeza daquela solidão de sempre tomou conta de mim....
o estranho de tudo isso (e eu me perguntava, no meio de toda essa dor) é que eu pedi a separação. eu decidi por isso. então, porque tanta dor? porque esse vazio? porque essas lembranças tristes? porque olhar as fotos felizes pela casa machucava tanto? porque não dava para encostar em nenhum objeto da casa, não dava pra comer e cuidar dos meninos era só um ato automático. sequer dava pra dormir...
sim, parecia que eu estava dependente e tinha me dado conta racionalmente mas, não emocionalmente.
eu já estou vislumbrando outras coisas, outro mundo, outro futuro há tanto tempo e mesmo assim....
eu sou humana, talvez seja isso. eu tenho sentimentos também, talvez seja isso. Eu sou mãe, eu sou responsável por aquilo que cativo, talvez seja isso. eu só não quero pensar que é porque eu sei o que ele sente, porque eu não sei.. eu não quero saber... porque eu não posso saber...
só o tempo vai dizer, é hora de curar e deixar cicatrizar o coração rasgado.
porque eu sinto que foi melhor assim.
eu também senti muita dor. uma dor estranha, dessas de contorcer o corpo. imaginei até que poderia ser algo como um dependente químico pode chegar a sentir quando para de tomar uma droga.
porque no fundo, apesar de toda a beleza desses anos todos, apesar de tudo de bacana que construimos juntos, eu acho que estávamos mesmo viciados um no outros, principalmente nos últimos anos e presos nessa rotina maluca (e deliciosa) de ser pais.
então doeu muito, senti a casa vazia, cada canto tem uma história...
agora é tempo de seguir... mas, como e pra onde?
doeu muito mas, a dor que senti hoje já foi um pouco menor do que a dor que senti ontem, que também foi menor que a dor que senti na primeira noite. quando ele foi pelo avião, a minha ficha não tinha caído, ficou só um vazio... e com o cair da noite, a dor foi chegando junto, foi invadindo o peito... a solidão foi tomando espaço e a tristeza.... a tristeza daquela solidão de sempre tomou conta de mim....
o estranho de tudo isso (e eu me perguntava, no meio de toda essa dor) é que eu pedi a separação. eu decidi por isso. então, porque tanta dor? porque esse vazio? porque essas lembranças tristes? porque olhar as fotos felizes pela casa machucava tanto? porque não dava para encostar em nenhum objeto da casa, não dava pra comer e cuidar dos meninos era só um ato automático. sequer dava pra dormir...
sim, parecia que eu estava dependente e tinha me dado conta racionalmente mas, não emocionalmente.
eu já estou vislumbrando outras coisas, outro mundo, outro futuro há tanto tempo e mesmo assim....
eu sou humana, talvez seja isso. eu tenho sentimentos também, talvez seja isso. Eu sou mãe, eu sou responsável por aquilo que cativo, talvez seja isso. eu só não quero pensar que é porque eu sei o que ele sente, porque eu não sei.. eu não quero saber... porque eu não posso saber...
só o tempo vai dizer, é hora de curar e deixar cicatrizar o coração rasgado.
porque eu sinto que foi melhor assim.
Miss Liquid
Miss Liquid é o codinome que escolhi quando comecei a escrever esse blog em 2001. Reflete a capacidade que tenho de me adaptar às situações e também os estados de espírito que posso percorrer: do mais frio (ou até gelado) até a ebulição, o fervor... Perspicaz, afiada, intensa, sagaz. Amorosa, sensível, mãe. Aqui me expresso plenamente, já que nas redes sociais, os caracteres são limitados e as mentes superficiais.
pra frente...
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