Falando sobre os diferentes caminhos para se chegar a um mesmo lugar.
Começando o texto com a observação de que a "maioria dos habitantes do planeta declara-se crente" e que "isso deveria ser motivo para os diálogos entre as religiões.".
Eu não quis nunca ficar dando ibope para Papas nem mesmo para nenhuma igreja ou religião específica. Mesmo depois de optar pela minha religião, me batizar e poder afirmar, hoje, que sou praticante da minha escolha, ainda assim vocês não me vêem escrevendo especificamente sobre isso. Não é proposital, acho que é até sem querer. Já é um hábito eu não polemizar muito sobre isso.
Eu acredito piamente que sim, são muitos os caminhos que levam ao mesmo lugar e à mesma resposta, à mesma força geradora. Algo que não sei explicar bem, sabe como é? Mas, eu vejo, sinto e pratico isso diariamente. E é dificil explicar isso concretamente a quem quer que seja, de modo a poder compartilhar e extender a possibilidade de experiência. É difícil "ensinar" como se ensina uma técnica nova de tratamento de imagem, por exemplo.
E eu vejo que em meio a toda a globalização e consequente individualização que vivemos, uma confusão aparentemente caótica e desordenada... em meio a tudo isso, a mesma igreja católica que, de alguma forma, passou séculos se fortalecendo de formas estranhas no mundo, coloca um porta-voz (ou o papa é outra coisa?) com esse discurso absolutamente progressista? Além de progressista é convergente com as culturas orientais que pregam essa tolerância desde sempre....
Enfim, vou abrir parenteses para algo aparentemente diversos mas, preciso falar disso... Afinal, desde o surgimento desse movimento de globalização, expressão que virou moda quando eu era adolescente ainda, a vontade de transformar o mundo numa grande pangeia social e economica esbarrou na necessidade de afirmação das identidades e culturas........... Tecnologia e acesso à informação estão modificando nosso lugar no mundo e as relações entre as pessoas. E, na minha visão, ainda que esses acessos estejam ainda longe de serem absolutamente democráticos, são ferramentas válidas de conexão, empoderamento, expressão e acho que o mais importante é a característica de descentralização dos meios tradicionais e massivos de comunicação.
Enfim, dito isso, reflito que se torna mesmo, necessário exercitar a tolerância, o respeito e por que não, praticar as tradições como forma de preservar identidade...
Teríamos que ter a capacidade de compreender que a ideia de IGUALDADE está absolutamente ligada ao conceito de DIVERSIDADE e também de ASSIMETRIA. Ao meu ver, é assim que se constrói a PERFEIÇÃO.
O mundo ao mesmo tempo em que se conectou em larga escala, também expôs impiedosamente, suas profundas fronteiras. Ligou pontos e expôs a intolerância. Trouxe os livros de história pra realidade do dia a dia. Facilitou que numa mesma sala de aula "possam" estar judeus, negros, índios, aborígenes, asiáticos, europeus e norte-americanos, por exemplo.
Não é simples conviver com as diferenças. Precisamos naturalizar a tolerância.
Porque só assim parece ser possível a convivência PACÍFICA entre todos os seres humanos nesse planeta.
Eu não quero me alongar em análise sociológica.
Só quero refletir nesse ponto.
Que é o ponto que traz a mim a mensagem do Papa Francisco...
Que curiosamente, utiliza-se pela primeira vez da ferramenta tecnológica para transmitir sua mensagem de amor.
No final das contas tudo se resume a isso: ao amor.
Enfim, vejamos onde isso vai nos levar..
Segue link do vídeo
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