o preço da solidão
qual é o preço da solidão?
a paz?
ou a dor no peito?
tive momentos na vida em que a solidão era uma companheira perene, mesmo quando em companhia de muitos... quando com muitos, a mente ainda podia se distrair mas, sozinha, muitas vezes, uma solidão dolorosa me pegava pelo peito e sentia com firmeza, a força das suas mãos me agarrando a carninha do coração apertando-o devagarinho....
por momentos, me senti plena. estive na companhia de um mas, a vida deixou de ser alegre e passou a ser chata.
me tornei a mágoa em pessoa. a solidão ambulante. ser sozinho vivendo em dois não pode ser. entre muitos é paradoxo. em dupla é masoquismo. não é?
me olho no espelho e me sinto um lixo. vai ver nunca deixei de ser um... dejetinho qualquer que se crê gente e de repente sem querer criou pernas e saiu caminhando.
é isso mais ou menos que tenho escutado a vida inteira.
porque não me deixam ser eu? inteira?
keila?
um dejeto inteiro talvez...
esses olhinhos pequenos, disformes, sem brilho... ditribuidos nessa cara manchada de sujeira e unhas, com olheiras e pálpebras caídas com esse nariz de espinhas brancas como flores que desabrocham cada dois três dias e esse cabelo seco de espiga, grande inconveniente e sujo, sem ondas, crispado que não sabe se é bom ou ruim... na verdade não sei se sou, não sei quem sou: sei que sou mais ou menos, bem morna.
porque se não me esquento.
e não tenho meio termo.
te amo ou te odeio.
meu erro constante está em preparar para meu inimigo a cama para que deite em silêncio. e sorria e se debruce sobre minhas lágrimas e exerça seu poder sobre quem é uma legítima perdedora...
se eu pudesse me rasgar agora, me matar agora.
queria morrer para já não ser.
queria matar a mim para já não ter que acabar no tentar ser.
já não posso e não aguento mais.
preciso ir embora de novo e deixar a todos.
a paz?
ou a dor no peito?
tive momentos na vida em que a solidão era uma companheira perene, mesmo quando em companhia de muitos... quando com muitos, a mente ainda podia se distrair mas, sozinha, muitas vezes, uma solidão dolorosa me pegava pelo peito e sentia com firmeza, a força das suas mãos me agarrando a carninha do coração apertando-o devagarinho....
por momentos, me senti plena. estive na companhia de um mas, a vida deixou de ser alegre e passou a ser chata.
me tornei a mágoa em pessoa. a solidão ambulante. ser sozinho vivendo em dois não pode ser. entre muitos é paradoxo. em dupla é masoquismo. não é?
me olho no espelho e me sinto um lixo. vai ver nunca deixei de ser um... dejetinho qualquer que se crê gente e de repente sem querer criou pernas e saiu caminhando.
é isso mais ou menos que tenho escutado a vida inteira.
porque não me deixam ser eu? inteira?
keila?
um dejeto inteiro talvez...
esses olhinhos pequenos, disformes, sem brilho... ditribuidos nessa cara manchada de sujeira e unhas, com olheiras e pálpebras caídas com esse nariz de espinhas brancas como flores que desabrocham cada dois três dias e esse cabelo seco de espiga, grande inconveniente e sujo, sem ondas, crispado que não sabe se é bom ou ruim... na verdade não sei se sou, não sei quem sou: sei que sou mais ou menos, bem morna.
porque se não me esquento.
e não tenho meio termo.
te amo ou te odeio.
meu erro constante está em preparar para meu inimigo a cama para que deite em silêncio. e sorria e se debruce sobre minhas lágrimas e exerça seu poder sobre quem é uma legítima perdedora...
se eu pudesse me rasgar agora, me matar agora.
queria morrer para já não ser.
queria matar a mim para já não ter que acabar no tentar ser.
já não posso e não aguento mais.
preciso ir embora de novo e deixar a todos.
Miss Liquid
Miss Liquid é o codinome que escolhi quando comecei a escrever esse blog em 2001. Reflete a capacidade que tenho de me adaptar às situações e também os estados de espírito que posso percorrer: do mais frio (ou até gelado) até a ebulição, o fervor... Perspicaz, afiada, intensa, sagaz. Amorosa, sensível, mãe. Aqui me expresso plenamente, já que nas redes sociais, os caracteres são limitados e as mentes superficiais.
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