Quase um balanço...


definitivamente, eu deveria ter feito essa viagem aos 20 anos.
mas, se tivesse feito nessa idade, certamente, não colheria os frutos que estou certa de colher agora (ou daqui a pouco, quando voltar).
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se tivesse sido aos 20 (ou 22, 24, 26...), certamente, eu não teria uma vida tão boa nem a possibilidade de me conhecer tanto quanto me conheço agora.
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definitivamente, não sou chata.
escuto isso desde criança, minha irmã sempre falou. meus melhores amigos também.
mas, definitivamente, não sou chata.
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eu sou é foda. Foda. FODAAAAA.
e sempre fui.
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Mas, sempre fui reprimida pra caber nos moralismos, nas regras, sempre fui... pra usar uma palavra literal (expandam as mentes para transler o que vou escrever): COMPORTADA.
Sim, sempre fui comportada.
Como a água que está comportada num copo. ou numa represa... como o ar fica comportado dentro de um balão... como uma bomba pode comportar hidrogênio ou urânio...
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acontece que, se eu tivesse feito essa viagem aos 20 provavelmente teria explodido mesmo. e com toda a força e violência que a juventude pode ter/ser. não, isso não está mal. poderia ser bom.
mas, o fato é que fui aos 33 e, claro, nessa altura da vida, realmente é preciso "una poca de gracia", maturidade, enfim... então a coisa aqui tem que ser direcionada. afinal, já não é preciso mais chocar. não é preciso mais forçar a barra. pode-se deixar desabrochar tal qual a  imagem que se formou na sua cabeça agora...
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e, caros, não tem culpado nessa história. era assim que tinha que ser. sem culpados, sem causadores. assim.
eu tinha que ser comportada. não foram meus pais. eu era comportada mas, não vinha de mim. Deus? outra vida? não importa... tudo fora do meu alçance. o importante é que o mundo deu um trilhão de voltas (algumas equivalentes a um cachorro dando voltas em torno do próprio rabo) e parou aqui, bem debaixo do meu nariz.
*
fantástico.
o melhor é o tamanho da sorte tem os meus meninos, my kids, que acabam de ganhar uma mãe novinha em folha.

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