gente feliz e que encontramos diante do acaso, do inesperado e do não proposital. E a vida tá recheada desses momentos, a gente precisa é botar reparo. Apesar de ser avessa a receber elogios, gosto muito de emprestar, doar e ceder as palavras bonitas (ou combinações delas) pra quem eu, de verdade, gosto, aprecio e admiro.
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e assim, quando chegam palavras assim, de fontes sinceras, eu as guardo como fortalecimento pros dias difíceis.
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apesar disso, acho que a minha tal linguagem do amor, tem mais a ver com os gestos significativos (não presentes: gestos) do que palavras. digo, o que funciona comigo é a ação, o ato generoso, o carinho e o toque. não basta dizer. é preciso ação.
ainda que palavras sejam ações em si, ou materialização de sentimentos como mencionei fazer outro dia... sangrando ou lacrimejando ou rindo pelos dedos..... enfim, gente....... como a gente expressa o sentimento é, muitas vezes, diferente de como a gente recebe e tá tudo bem, né?
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mas, voltando, porque eu queria mesmo era falar dos pequenos momentos, das “serependidades” que cruzam nosso caminho e nosso dia e como é preciso ir colhendo cada momento como contas a serem colecionadas num grande relicário de amor pra gente usar nos dias de se embelezar de felicidade e humanidade. não sempre são de joias ou de pérolas e ouro o que nos deixa formosa… muitas vezes são esses fragmentos de amizades, de recuerdos y memorias que nos constituem e deixam mais bela a nossa alma.
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o que estou tentando expressar também é que tem pessoas que vale a pena a gente deixar elas saberem o quanto a gente admira, a vida é hardcore e deixar alguém que tá numa lida braba, saber que a gente admira, pode ser algo que dá força para ela. por isso digo: se você admira alguém, diga. se ama alguém, diga. se você acha que alguém tem uma atitude porreta de boa: diga. diga com presente, com palavras, com sussurros, com bilhetes, com flores, não importa: DIGA. diga também com a sua própria presença.
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pensei na “presença” aqui enquanto escrevo e logo senti saudades de pessoas que queria que estivessem aqui. então, vou mandar uma mensagem para elas ver se elas se materializam por aqui. O lance da lei da atração não vai gostar de eu ter feito essa associação aparentemente dissociativa entre a presença e a ausência. mas, assim é.
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e enquanto eu relia esse texto, pensando numa analogia dessas pequenas contas que são os momentos felizes do acaso, pensei também qual é a linha que vai deixar esses momentos juntinhos, tal qual as guias de proteção que usamos nas giras...
❤
o amor talvez?
a nossa força interna?
nossa musculatura de fazer a memória funcionar quando o bicho pega e a gente quiser deixar a peteca cair?
um tipo de “santíssima trindade” como a que uso: pai de santo, amigos e psicólogo?
pensemos cada um que liga é essa.
mas tem algo a ser fortalecido pra poder fazer esse colar de contas ficar juntinho.
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Foto de Rafał Bubała: https://www.pexels.com/pt-br/foto/mar-mulher-costa-litoral-17263245/