O que a gente aprende quando alguém que amamos fica doente?
O que aprendemos quando a morte dá uma baforada generosa em nosso cangote?

Aprendemos algo quando nos deparamos com a fragilidade da existência?

Com a ação do tempo?

Com a falta de ter o que fazer, a não ser rezar?

..

A existência é um mistério.

Meio que não sabemos o que aqui fazemos.

Não estamos certos do porquê de vivermos o que vivemos.

Muitos se debruçam em tentar entender, pesquisar, observar esse mundo…

… os fluxos, os planetas, o Universo.

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E, as respostas são pequenos glimpses do que acreditamos saber.

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Quem tem certeza?

Quem enviou o manual para atravessarmos essa terra?

O que a gente faz quando alguém que amamos fica doente?

O que a gente faz, efetivamente, quando a gente adoece ou perece?

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Seja pela ação do tempo, seja pelo (in)fortúnio da doença?

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Eu, acostumada ao pensar, estrategio planos.

Dessa vez “me toca a mim” como, diria aludindo ao espanhol.

Absolutamente reflexivo.

Duplamente reflexivo.

Como o tomar de responsabilidade.

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Como trazer para si o plano: o que precisa ser feito?

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Falar sobre cura.

Vontade de voltar.

Retroceder e reordenar o tempo.

Pensar sobre a fragilidade do tempo e das escolhas.

Arrepender-se.

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Mas você só faz isso quando a doença acontece?

Foto de Nataliya Vaitkevich






O que aconteceria?
Rasgaria quais verdades ao mundo?
Afugentaria quais medos do meu coração?
Quais verbos seriam conjugados?
Escolheria quais alvos para disparar minha 
Artilharia verbal?

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Edificaria sob quais pés,
Égide de palavras?
Rezaria quais rezos, se meu verbo 
Estivesse efetivamente solto?

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Que medo da oralidade é esse?
Que jugo essa garganta enfrentou
Que anseios moram nesse coração
Que frases, nem verbos, nem gritos, nem versos
São capazes de trilhar caminho e deixar
Sangrar, esvair, rolar
Palavras e sangues e vícios eternos
Em formas e curvas e teclas….
...
..
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Onde moram os seus sentimentos, que versados em palavras 
Espantariam muitos, emocionariam outros, ironizariam tantos
Mas, seriam também agulha e linha a fechar feridas
Do teu peito, da tua história, da tua vida…
Onde moram essas palavras
Ditas de maneira certa?
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Onde moram esses sentimentos….
Onde mora essa oralidade…
Me avisa…
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Que quero ir lá

Escangalhar com os portões

Pra deixar teu verbo solto
Pra que grite, finalmente, o seu grito
Pra que ria, largamente, o seu riso
Pra que brade, longinquamente, o seu canto
E que chame entorno, aqueles que já te rodeiam
Te norteiam e que semeiam as flores e cantos pelo seu caminho.

Hoje começo invertido. Creditando a foto. Foto de Katy Walters.

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Correndo atrás de inverter meus processos.
Tentando priorizar não me perder em pensamentos.
Tendo evitar perda de foco
Ainda assim, me perdendo.
São muitas abas.
São muitos pensamentos.
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Sofri uma queda dias atrás.
Descobri uma particularidade da anatomia do meu crânio devido a essa queda.
De lá pra cá, sinto dores de cabeça eventuais.
Tonturas também.
A mediunidade, estou entendendo aqui.
Mas, pela quantidade de sonhos e da capacidade de lembrança deles, quase digo que melhorou.
Só que é cedo ainda.
Meu peso aumentou.
Minha rotina deixou de incluir exercícios pelas duas intervenções médicas e meu corpo mudou.
Drasticamente pra pior.
Muito rápido.
A necessidade de manter uma rotina de exercícios parece maior.
Ginecologista me deu um tratamento hormonal diferente.
Em seguida me diz que não atende pelo plano mais.
Mas, o plano diz que ela não atende.
Mais um teste de paciência.
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Perspectivas se diferem agora.
Tenho vontade de escrever.
Tenho vontade de sair.
Aparece vontade de conhecer alguém legal.
Mas, isso parece distante.
Agulha num palheiro.
Com muita palha.
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Vontade de um trabalho que seja mais interessante.
Mais desafiador.
Meu mentor pegou um trabalho e as mentorias secaram.
Eu ainda preciso de mentor?
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São muitas dúvidas.
Seria hora de caminhar com minhas próprias pernas.
Criar minha marca.
Deixar impressão no mundo.
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Do que eu tenho medo?

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Terminando pelo começo.
A pergunta que tudo inicia e não quer calar.
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