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Febre, diarréia, dor de estômago entre outras coisas... nada disso deveria ser permitido pra uma mãe solteira (lamento mas, assim é), no meio do feriado, sem parentes por perto. Enchr o saquinho dos amigos nem passa pela cabeça... afinal, é meio de feriado, né gente. e como sempre, essa parada me pegou de surpresa, não foi avisando e eu, no fundo no fundo uma otimista, não tô dando confiança.
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Mas, estou observando os sintomas.
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Hoje, quando uma amiga me perguntou: "Será que é físico ou aquele monte de email que vc vem trocando com a advogada da produtora que não quer te pagar?"
Eu nem , pestanejei e respondi: "Tô propensa a acreditar que é um mix de tudo"... Continuamos conversando sobre ir ao médico, tomar chá de boldo, como fazer com as crianças... e em algum momento pensei como ia ser bom ter um colo, apoiar a cabeça e sentir um afago na orelha. Aí, tive que dizer para a amiga: "Acho que o que eu preciso é afeto."
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Ela não viu do lado de lá mas, aqui, doeu pacas.
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A constatação mental de que todas as figuras que eu pude visualizar me dando esse colo, de repente explodiam como balõezinhos num desenho animado.... nem era tanta gente... mas no final, eu estava em lágrimas.
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Como vida real, quem saia do filme, ou da brincadeira, ou do videogame pra me dar esse afago, eram os meninos. São os meninos. Eles que estão aí, sendo pacientes com essa mãe que trabalha e só se envolve em roubada, que tá sempre trabalhando, que tá sempre trabalhando e que tá sempre trabalhando... Ok, essa é a minha visão. Culpa de mãe. Queria, obviamente estar mais presente, não precisar trabalhar sábado, domingo e feriado em atividades que são nada mais nada menos do que tentar tirar da frente aquilo que não dá tempo de fazer durante a semana.
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Ou ainda, tentando refazer... Esse final de semana, fiquei tentando faxinar. Porque o fogão estava amarelo, porque o chão da sala está nojento. Eu nunca reparei em limpeza na casa porque nunca precisou. Ou seja, tenho que trocar mais uma vez a pessoa que me ajuda, porque não está ajudando... Mesmo tendo conversado, nào funcionou mais uma vez... Eu queria mesmo é não precisar ter ninguém que trabalhasse em casa. Nem concordo com esse modelo escravista, é foda mas, como a gente faz numa sociedade como essa e morando numa cidade, num bairro como esse?
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Tudo isso de alguma forma, isola um pouco mais.
Tem gente que não sabe se sou rica ou se sou pobre...
... Se sou branca ou se sou preta.
... Se sou inteligente ou burrinha.
... Se me despreza ou se alia comigo.
... Se sou de lua ou de marte.
... Se sou poderosa como aparento ou se sou manteiga derretida como demonstro.
De qualquer forma, me cansa demais essa coisa de tentar enteder tudo isso.
Por isso, não ando querendo entender nada.
Mas, tem padrões que são difíceis de mudar.
Eu estou acreditando que estou ainda na fase de depuração. Ficar doente deve fazer parte.
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Ao menos minha consciência e alma estão em paz, só preciso lidar com a consequência material e física de ter escolhido a paz. E me assegurar de que não vou ficar desamparada num futuro muito breve. Uma parte do afeto devo ir construindo na troca com meus meninos.
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E isso nada paga. Com eles é só recompensa.
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Pois mesmo nos momentos difíceis, temos uns aos outros e estamos sempre juntos...
...E sendo companheiros uns dos outros.
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A outra parte do afeto, vou encontrando nos amigos, nas conversas por whatsapp, telefone e Skype pois muitas pessoas queridas realmente estão longe. Vou me alimentando de vibe positiva, leitura esclarecedora. Da presença no templo e na CALMa... porque tem isso, ainda.
Deus, a força superior, esse algo maior completa o que não se preenche de nada. preenche os meus silêncios, meus vazios, os espaços em branco, as lacunas...
E assim, seguimos.
Carpe Diem. Ohm. Paz.