Tanta coisa a fazer diante dos olhos
Diante da vida
E eu me dou ao luxo de
Simplesmente
Paralisar.
Paralisar diante da possibilidade de
Viver.
E falhar.
Assim, o mundo se abre dentro de minha mente.
Num infinito de possibilidades paralelas
Onde em todas, eu posso ser
Mais alegre, mais inteligente, mais feliz.
Mas, ainda assim,
Quando desperto
Eu estou aqui
Inerte
Infeliz, gorda e burra. Imóvel. Incapaz.
E o chicote de autopiedade canta
Outra e outra vez.
Eu me aprisiono no mundo virtual.
E, enquanto a mente viaja
E se diverte em mil possibilidades
de amanhãs diversos
Eu me paraliso
Eu me angustio
Não me movo
E isso dói, dói tanto.
imagem: Elevação, de Wassily Kandinsky
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