Por falta de contrato, morri na praia em dois projetos.
E, vejam só, ambos tem motivo para serem ações judiciais.
Num deles, não me pagam porque acham que o trabalho não foi bom.
No outro, ainda ganhei elogios por email como IMORAL e VC ESTÁ ME APLICANDO um golpe.
Em ambos os casos, depois de trabalhar nos projetos desde dezembro e novembro de 2014, respectivamente.

Vou ficar na merda com os pagamentos da minha vida pessoal.
Mas, vou ter que amargurar e aprender a lidar com isso.

Talvez comece meu blog profissional falando da importância dos contratos mesmo que estejam tão em desuso na minha área e especialidade. Talvez eu precise mesmo contratar um advogado de confiança e seguir forte no intuito de evitar roubadas e projetos fechados no desespero. Fugir de gente enrolada, histérica e que deturpa as coisas, se considerando acima do bem e do mal, também. Preciso me fortalecer.

Não é a toa que esse blog se chama real fucking life.
Agora que me deu inspiração pra falar então...
Ah Jesus, não páro mais.



Hoje, um dia depois de ontem, estou mais calma, menos cansada mas, continuo a pensar.
Pela manhã, nadei.
Nadar é adaptar-me a um ambiente no qual não estou habituada a viver.

Nadar, para mim, é ter de lidar com deixar o corpo leve...
deixar o corpo leve flutuando num ambiente mais denso...

é aprender a respirar num ambiente que me sufoca.
É aprender a usar o corpo e a dominar o medo ou pânico que me entra quando vejo tanta água junta.

Eu poderia quase dizer que é como a minha vida.

Aprender a me movimentar, a respirar, a usar de habilidades desconhecidas.
Aprender a ser leve e ter jogo de cintura, enfrentando os medos e desafios que se apresentam.
Assim tem que ser.


Eu não vejo a hora de poder curtir umas férias com os meninos.
Quando fui para Los Angeles e visitei os estúdios da Universal e estive também em Las Vegas e pude compreender, no sentido mais lúdico possível, o sentido da palavra ENTRETENIMENTO, decidi que faria o esforço de levar meus meninos para conhecer lugares que eles só conhecem nos filmes.... Fiquei planejando o dia que viajaríamos juntos. E isso ainda não aconteceu. Só fomos pra Niterói. De bate e volta, hahahahah

Acontece também que me separei e fiquei com a conta salgada da separação.
Arcar com colégio, empregada, todas as contas e custos e ainda cuidar do dia a dia.
Tudo na minha mão, sem parentes por perto. E nem por longe.
Então, foi tudo uma forma de solidificar uma grande rede de apoio que hoje em dia me permite ter a liberdade de poder ligar para alguma amiga pra dar uma força com as coisas de casa...Mas, a maioria do tempo, as coisas custam. Quem pode ficar com eles, custa. Quem pode me ajudar, custa. Custa e custa mesmo porque mesmo que seja para deixar na casa de uma amiga... acho que tenho que deixar com algum dinheiro para emergência, pra algum lanche, pra alguma coisa... por respeito, por consideração... Enfim, foi dessa forma, que então....

...ficaram os custos. E ficou a conta cara de um advogado de família.
Ficou a despesa mensal. Ficou a longa lista de reclamações e (in)justificativas do ex-companheiro para (in)justificar a ausência e o tal direito adquirido de nunca parar de reclamar e se auto-flagelar "afinal de contas foi você que escolheu se separar e destruir as nossas vidas"....

E com isso, bem... nada de férias... ainda.
Nada de Orlando, Los Angeles ou Visconde de Mauá ou outros passeios melhores programados. gente até passeia. Passeamos por aqui e por ali mas, nada mais ousado.

Então, caros, sem querer reclamar, apenas estou falando disso tudo porque sim, estou cansada e eis mais um, para a lista de motivos....

Quem se lembra de ter lido algo das minhas duas últimas férias aqui? O que tivemos? (Duvido que eu tenha escrito à respeito mas....) vamos a um revival:

- janeiro de 2013 - de férias da minha empregadora, fui chamada no meio de tudo para ser demitida e ainda ter que ouvir do "suposto chefe" que ele já sabia meses antes que ia me mandar embora... tive que aguentar a cara de tacho dele quando perguntei: "porque então, vc me autorizou a sair de férias????"
- outubro de 2014 - após 3 meses infindáveis de Campanha Política onde não tive NENHUM dia de folga e aguentei com estômagos de boi toda a politicagem da campanha e ainda PEITEI todos aqueles "pombos alfa do peito cheio", entrei num período quase sabático, que inicialmente chamei de FÉRIAS. O mês de outubro se resumiu a retomar o contato com a civilização e com meus filhos. Olha que coisa. Meses depois, tive que ouvir o médico dizer que aquilo não era cansaço mas, sim DEPRESSÃO.

Então, talvez eu possa dizer que minhas ultimas férias foram em 2012, onde trabalhei os 3 primeiros dias de casa e no quarto, fui para uma reunião na empresa. As férias mesmo foram ir visitar minha amiga querida em Taubaté, pra não dizer que foi tudo muito péssimo. E pensar que essas, as de 2012, foram as primeiras férias da minha vida.

Olha, gente, sabe... tô escrevendo tudo isso meio como forma de desabafo mesmo.
Um grande desabafo de quem precisa ainda aprender a construir a linha que vai levar a vida para uma direção mais concreta e mais feliz.

Eu hoje, 13-14 de abril, estou me sentindo péssima após levar mais uma pancada da vida. Mas, num geral, tenho me sentido um pouco melhor. A vida me prega umas peças mas, me dá outras coisas maravilhosas.

Estou ganhando uma experiência e uma percepção da vida que eu não tinha antes.
Aos poucos, sinto que vou amadurecendo e ganhando a serenidade para ver as coisas acontecerem e acreditar que tudo vai ser melhor. Eu realmente acredito que nada é por acaso. A experiência me mostra isso diariamente.

Mas, não vejo mesmo a hora em que me vai ser permitido descansar um pouco.
Tenho direito a um pouco de paz, digna, pelo amor de Deus, né?
Eu não sou alguém que lança sentimentos horríveis pro mundo e se a máxima se que aquilo que se dá, se recebe, espero receber ainda mais luz... e que em breve isso se torne também, fruto concreto de um trabalho melhor que estou fazendo agora.

Eu tô cansada de uma vida pela metade. Estou em busca de algo inteiro.
Eu tô cansada de estar no meio do caminho. Estou em busca de algo de plenitude.
Eu tô cansada de mais ou menos. Eu e meus meninos merecemos Paz. Acesso. Oportunidades.



Eu vou tentar sem bem clara aqui nesse post.
Ver se consigo colocar pra fora, num ambiente que não seja terapêutico mas, sim de alcance global (visto que passa a ser um conteúdo vociferado na web), sem encher saco de amigo, parente, colega, paquera ou pretendente a namorado.
Eu tô cansada.
Quem me conhece na vida, haverá de pensar: "porra, um dia ela ia cansar..."ou ainda um "até que enfim, essa mulher se ligou que não dava pra carregar o mundo nas costas e resolveu se cansar"... ou ainda, quem sabe um: "mas também, com dois filhos pequenos, sem ajuda do pai... ser mãe solteira é duro..."
Eu não discordo e nem nunca discordei de quem me disse que eu era maluca, doida ou diferente...
Sim, eu sou tudo isso.

Mas, sabe? Nunca deixei de lutar pelos meus sonhos.

E seja como for, eu sempre fui atrás.

Da forma como achei que era possível, da forma como achei que era permitido, da forma que acreditei que era o certo. Eu nunca NUNCA NUNCA mesmo (mas, nunquinha na vida) quis fazer mal pra ninguém. E isso sempre me colocou numa situação estranha, de vítima, de ser sempre derrubada por uma rasteira da vida mas, sempre meio que OBRIGADA a levantar, sacodir a poeira e dar a volta por cima, SEM RECLAMAR... sempre trabalhando. Sempre acreditando que o MEU ESFORÇO me levaria a algum lugar. E sempre foi assim, sempre trabalhei, sempre corri atrás e sabe... nunca entendi porque é tão difícil...

Mentira, não posso mais dizer que nunca porque ultimamente, há alguns anos, tenho tido a possibilidade de compreender melhor as coisas. E, olha, quanto mais descubro, quanto mais experiência nas artimanhas da vida eu ganho, quanto mais sou colocada diante de desafios pra serem superados, mais vou me sentindo SUJA, mais vou sendo levada pra um sentimento de CULPA e LOUCURA constante, porque meu objetivo na vida não está em brigar e na verdade, nem em LUTAR. Alguém me ensinou lá atrás que se eu TRABALHASSE, eu colheria FRUTOS e ultimamente não é isso o que tem acontecido.

QUANTO MAIS EU TRABALHO, mais ASSOMBRAÇÃO me aparece. E mais e mais situações pra me colocar em dúvida, tem aparecido.

Em nome de um trabalho.... em nome dessa espera por um RECONHECIMENTO, vejo que DEI MEU SANGUE OBSTINADAMENTE, aceitando tudo o que me era colocado na frente, sem olhar para o que era CERTO ou ERRADO e na hora que eu resolvi dizer que NÃO MAIS... olhei ao redor e estava completamente sozinha... na verdade, não sozinha porque tive gente ao meu lado pra me amparar e para me fazer entender que NÃO, eu NÃO estou sozinha... e que eu NÃO PRECISO aceitar tudo, engolir tudo e nome dos sonhos e do dinheiro dos outros....

E também pra eu entender que eu PRECISO ME DAR AO RESPEITO e cuidar melhor de mim, olhar mais por mim, porque ninguém fará isso por mim. A essa altura da minha vida nem meus PAIS fazem mais, porque de alguma forma, sou eu que preciso (PRECISO?) dar suporte e amparo para eles...

E é assim que eu compreendo que na verdade, eu estou mesmo cansada.
Tem dia que eu penso em abandonar a minha profissão. Só não sei o que faria depois.
Tem dia que eu penso em me mudar de casa, de cidade, de nome e sumir. Trocar meu facebook e parar de dar status de que está tudo bem e mesmo parar de achar que eu vou dar a volta por cima, porque não sei que porcaria de volta é essa que eu tenho que dar.

Passei mais de 30 anos trabalhando, estudando e investindo no meu espírito, na minha alma, no meu intelecto, nos três idiomas fluentes, no senso crítico apurado, na iniciativa pró-ativa que só precisa de estimulo e retorno pra dar frutos constantes, nesse coração que só quer se apaixonar pela vida cada vez mais.... TUDO ISSO só para mostrar pro mundo que EU ESTOU AQUI e agora eu tenho que pedir desculpas porque eu errei ou ainda, pior... tenho que pedir DESCULPAS porque NÃO VOU continuar ACEITANDO que me dêem merda para comer o tempo todo?

Oras... sabe...
Em algum momento da vida, eu decidi que não iria mais engolir merda alguma.
Em algum momento dentro desses dois últimos anos, eu decidi que não deixaria mais que me machucassem, de forma alguma: nem emocional, nem psicológica nem fisicamente...
Em algum momento, eu medi o arrependimento que eu sentiria por não ter feito nada para reaver os meus direitos e o meu tempo investido num sonho que me foi arrancado e achei que valeria a pena buscar reparo por isso...


E eu prometo que apesar de tentador, o convite ao sentimento de culpa, não será aceito por mim. Não dessa vez.

Agora.... também, não é assim, de uma hora pra outra que a gente se livra de anos de um hábito ou desse quase vício (praticamente "uma habilidade") de se meter em situações-cilada.... e eu tenho vigiado, tenho me vigiado bastante....... eu tentei fazer com que fosse do dia pra noite mas, hahahah é difícil. a gente tem que treinar e estar apto a reconhecer os próprios erros e recuar.

Mas, enfim...TOMA, guria. LEVA MAIS ESSA.

Contrata um advogado porque você vai precisar...


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