Ai ai mulher, o ano começou tipo furacão. Não deu tempo pra nada.
Quando comecei a me preocupar com grana, me ligaram da Conspiração pra voltar a trabalhar.
Um projeto pro canal Discovery chamado Viver para Contar.
Eu já tinha finalizado dois episódios em 2009 e sinceramente, acho que só eu daria conta de finalizar ele agora.

Não tive muita escolha, tive que encarar.
Então, já comecei 2011 com algum dindin no bolso mas, muito preocupada também.

Nohê que precisa tomar a mamadeira. Kyrá que poderia ir pra escolinha. E nós dois que precisamos ter paciência pra continuarmos sendo dois e pra tentar sair desse perrenguinho bem. Não tá fácil não ser mãe, mulher, esposa, funcionária, amiga mil mulheres e ainda ter humor ou dormir bem a noite.

E tem aquelas inseguranças mil que fazem parte da minha vida.
Vontades mil que também me rondam.
Eu sempre preocupada com o que dizem mas, fazendo sempre o que me dá na telha.

Aiai viu... um post meio muro de lamentações mas, sei que passa.
Tá fazendo um calorão no Rio de Janeiro.
Ainda bem que providenciamos um ar condicionado.
caramba, está lá!
estava relendo os posts antigos e me deparo com um post de 23 de novembro onde, eu confesso que estava pensando num irmãozinho pra Kyrá. desde que engravidei de novo, fiquei tão em crise por mil histórias... mas, eu já sabia que no fundo, era o que passava na minha cabeça. e, eu tenho aquela certeza de que é sempre bom estar atento ao que se deseja pois o universo conspira pra que isso aconteça. além da gente entrar em sintonia com o desejo...

eu entrei e vejam só... termino 2010 como uma mulher de 31 anos (juro que eu ia escrever "senhora de 31 anos" pois é assim que me sinto), mãe de dois meninos lindos, Lucas e Kyrá.............ai ai viu.
caramba... parece que anos se passaram.
passei 2010 pensando e repensando em como remodelaria o blog. se mudaria para o wordpress e largaria tudo. flertei com as novas redes sociais, imaginando se finalmente os 140 caracteres do twitter me bastariam. mas, nem o agito social do facebook me consolam. tenho muito mais a dizer. tem muito mais a ser dito e refletido.

demorei em escrever também porque nao queria que fosse uma volta esporádica.
nao adianta passar um tempao escrevendo um post como esse, refletindo sobre o nao escrever e sobre a ausencia virtual e hipocritamente nao voltar mais depois. demorei porque nao queria reatar um compromisso que largaria.

demorei também porque tive duvidas em dar continuidade a falar sobre mim nesse blog aqui.
verdade.
a pessoa que escreveu aqui todo esse tempo já nao existe mais.
nao morreu mas, nao mais existe. e ponto.

digamos que 2010 foi um ano sabático para Miss Liquid, para Keilota, para esta real fucking life que me foi reservada. e se me perguntarem porque nao fui... vou apenas dizer que "porque não, oras".
Passo mais uma noite quase em claro pensando no que fazer da minha vida e tentando perceber o que está ao alcance dos meus olhos que eu não consigo ver.

Mais uma noite acabo de discutir com Camilo e tenho mais esse motivo pra não conseguir fechar os olhos. ele só quer falar de sexo comigo. 

E hj esta doente. 

Acabo de dar um paracetamol 750 pra ele mas, aqui no quarto com os dois bbs, ele fala alto e tosse e assoa o nariz. 

Ok. 

Sou ma chata mas me irritaria menos se não fosse assim quase todas as noites. 
Além disso ele deita e fica resmungando igualzinho a meu padrasto, o Carlos, fazia com minha mãe.
Será que sou tão parecida com ela assim? 
Parecida, ao ponto de ter tido comigo uma pessoa como meu padrasto ao lado e não ter percebido?

Na verdade, acho q não. 
Mas a verdade TAMBÉM é que tenho medo de não fazer o que precisa ser feito e cometer os mesmos erros que ela. 

Continuar junto pelos filhos? 
Brigas? 
Perder o controle? 
Trabalhar demais?

ou ainda...

Bancar a casa sozinha e me afundar em dívidas? 
Educar os meninos à distancia?

 Enfiar a cara num poste e quase me matar so pra ter um homem ao lado? Ah sim estou confusa sim muta coisa aconteceu nqa minha vida com meu corpo e minha mente ness pequeno espaco de tempo. Eu brotei duas vezes.  Amo tres homens ao mesmo tempo. Perdi o emprego. Quase ficando sem casa. Tenho pavor ao sexo e nao sei mais quem sou. Ou ate melhor... Sei sim. Sou mae do kyra sou mae do lucas. Nothng else. Nothng else? Porra cade eu keila?
to tao chochinha hoje.
um dia meio sem esperança. até parei pra escrever no blog.
simplesmente porque não sei pra onde virar e explodir um pouco. sim, porque tinha que ser uma explosão bem lenta, devagar, aos poucos... uma idéia estranha pra explosão, que por definição, não é nada disso... ao contrário... sim, é exatamente o contrário. mas, pra mim, a explosão tinha que ser lenta. pra eu poder sentir que tudo que me está enchendo está realmente saindo de mim, e indo. se esva-indo. pra fora, calma e lentamente...

a verdade é que estou puta.
puta da vida de verdade. tem tanta coisa importante a meu redor e eu estou presa em coisas que não são importantes pra mim.rodeada de pessoas que não olham pra mim. cercada por uma cidade que não liga se estamos tentando seguir, ir ou ficar.

e estou com uma barriguinha crescendo, bebê sendo gerado. múltiplos sentimentos acontecendo e tudo isso ao mesmo tempo. essa gravidez sim me está levando pra um caminho sem volta que ainda não sei qual vai ser. só tenho a esperança e a vontade de que ela nos guie por caminhos bons e gostosos. algo mais tem que ser gostoso nessa vida além do prazer de ver meus filhos...


é... não estou legal. precisava de alguém. conversar com alguém. sentar com alguém e revisitar boas ideias e as boas risadas. mas, assim vamos... estou procurando...
sim, eu sou uma otária.
otária que trabalha 12 horas num unico dia porque acredita que assim vai adiantar e fazer um bom trabalho. a mesma otária que resolve lavar a louça depois disso e ainda atura o marido de bigode dizer pra ela que ela é uma otária. otária por não querer colocar o filho dela numa água de banho que ela julga estar quente demais. então, lá vai a otária. escrever umas linhas porque não tem mais com quem falar. porque falar, para ela, é ser prolixa e não dá pra ser isso e otária ao mesmo tempo.
que passo aqui para escrever um pouco e acabar com o jejum de quase dois meses sem escrever nenhuma palavra... cara de pau né? tanto pra contar, tanto pra escrever e estou com tudo aqui guardado dentro, fazendo-me mal por não botar pra fora de nenhuma, nenhuma maneira. os blogs minhas testemunhas textuais da vida não têm escutado nada a não ser silêncio e minha indiferença pois estou presa nessa rotina filha da puta que não me permite ter nenhum prazer, nenhum momento de relaxamento.
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melhor repensar tudo isso mas, vou parando porque agora não dá mais para escrever.
to passando uns dias tão difíceis...
minha irmã veio de sampa pra passar uns dias aqui e, acho eu, tentar abrir um pouco a cabeça, abrir os olhos, estudar possibilidades... bem isso é o que acho eu nessa minha incorrigível mania de querer consertar a vida das pessoas. e acaba que sim, sou eu quem está tendo uns dias tão difíceis...

agora mesmo entrei no meu orkut. tinha, sei lá, uns tres meses que não entrava. depois que me acostumei com o tal do facebook parece que o outro deixou de ser novidade e ficou largadão, esquecido mesmo. e, acontece que lá tinha um monte de fotinhos do Kyrá logo depois que nasceu. uma com nós dois.

é... aqueles dias também foram difíceis, hehehe mas, foram dias lindos (como os de hoje também são). é tão inexplicável explicar os sentimentos que passam em mim agora que olho aquelas fotinhos... quando olho seus olhinhos de nenê... é uma mistura de amor e medo, certeza e dúvida, vontade de ir e vontade de parar o tempo só pra continuar vivendo esses momentos de tanto prazer e amor.

aquele bebezinho fofo está se tornando meu menininho e daqui a pouco meu homenzinho e daqui a mais um pouco... pous... a vida levou e lá está ele se virando sozinho... ainda bem que amor é isso e a gente vai aprendendo com o tempo, com os acontecimentos, bem devagarinho (porque, tudo, sim, é um processo)...

agora eu estou vivendo aqui esse momento difícil. um momento de dúvida. eu, pessoa sensível, "altamente enganável" tenho que ficar ligada e planejar um plano pra um futuro muito próximo. como é que vou fazer?
é um momento difícel mas, não insuperável e como sempre, como tantas coisas contadas e não contadas nesse blog, eu vou superar.

i'm sure of it. yes i am.
Agora há pouco, assistindo TV Futura, vi um programete onde o Paulo José declamava alguns poemas. Sua forma de falar me atraiu pra um texto, fiquei presa nele. Falava sobre o amor e como o amor ia consumindo ("comendo") toda a existência de um suposto indivíduo, ali, sorrateiramente interpretado por ele.

Me prendeu o texto e a visualizaçao que eu fazia de tudo aquilo. Por mais que seja belo e lindo e gostoso, a verdade é que o amor consome a gente sim, nos vai levando e engolindo aos poucos conforme passa a vida....

Eu com o laptop na mão, rapidamente me joguei no google e logo encontrei o texto lá. Escrito assim, parece muito maior do que o que via na TV. Sim, a TV enfia conteúdo de maneira muito mais rápida na cabeça da gente. E o jeito do Paulo José foi tão envolvente e convincente que não me deixou ver o tempo passar.

Mas, aqui está o texto.

João Cabral de Melo Neto
Os Três Mal-Amados

Joaquim:

O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.

O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.

O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.

O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.

Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.

O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.

O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.

O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.

O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.

O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.

O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.


As falas do personagem Joaquim foram extraídas da poesia "Os Três Mal-Amados", constante do livro "João Cabral de Melo Neto - Obras Completas", Editora Nova Aguilar S.A. - Rio de Janeiro, 1994, pág.59.
Estou enfrentando uma vez mais, uma fase super complexa.
Uma vontade absurda de mudar, de fazer coisas acontecerem de forma diferente.
Muitas dúvidas, muito medo.
Muito medo de fazer errado.
E o medo de arriscar é que mata a gente antes mesmo de tentar.

Eu estava conversando com um amigo na ultima sexta e ele me disse duas coisas importantes. Uma era que a coragem não é a ausência de medo mas, sim a possibilidade de agir apesar do medo, da preguiça, da falta de vontade. E outra coisa era que com 30 a gente não está velho mas, sim com mais possibilidades para começar projetos, botar idéias em prática e arriscar.

Me fez recordar da história da Suzana Amaral que fez seu primeiro longa aos 50 mas, foi obra-prima e ainda fez o que parecia impossível que foi roteirizar Clarice Lispector e ganhar tantos prêmios com seu "A Hora da Estrela".

Foi uma boa conversa. Amigos, que saudade dos meus amigos. Que vontade de tê-los mais perto.

Mas apesar de aliviar a angústia, não eliminou o sentimento de "incompleto" que sinto... de solidão mesmo. Talvez seja hora de me replantear as coisas, as relações e praticar coisas que têm estado em teoria em tanto tempo em minha vida.

Parece que mesmo crescendo, amadurecendo, maternando, me relacionando com alguém a velha máxima que diz que "é impossível fugir de si mesmo" se torna cada vez mais real. Acho que vou ter que encarar certos compromissos se quiser ter uma vida um pouco mais cômoda e menos estressante para mim. Para mim e ponto.
Bom, essa é a questão.
Tô atravessando uma fase meio turva, meio turbia (não sei se turbia é palavra em portugues ou espanhol, don`t criticize me!)........... saindo de uma fase de muito trabalho, muito aleitamento, muito pouco sono, muita louça pra lavar, muitas discussões, lots and lots of dreams, anseios e muita vontade de encontrar um caminho, começar algo, tentar algo novo e inusitado.

Estou mesmo é pensando em botar um anúncio procurando um emprego. Mas não procurando emprego, correndo atrás mas, sim, procurando um emprego... tipo botando um anúncio de "tem vaga" pros empregos se alistarem e eu poder analisar e escolher... porque ninguém merece só pegar bomba mega ferrada e nunca poder ter nenhum tipo de recompensa em nenhum aspecto: o trabalho é massante, paga pouco, cansa muito, não paga hora extra nem dá benefícios, te acorda de madrugada e ainda não aceita vc de olheira por nenhum minuto. exige exige e não dá nada em troca a não ser o cachê que vai se tornando cada vez mais desvalorizado a cada atraso de cronograma. Sem contar a qualidade dos roteiros, a superficilidade dos conteúdos e a precariedade das condiçoes de trabalho que te dão: equipamentos de qualidade duvidosa,

E isso, no mundo do audiovisual é fichinha perto do que acontece. Fora a quantidade de imposto que se paga para emitir nota fiscal porque as empresas não querem contratar ninguém por CLT....

Cansei dessa brincadeira mas, como parece um pouco tarde pra eu tentar querer iniciar carreira executiva (além disso, eu continuo limando taileur e salto com meia-calça do meu vestuário), acho que vou fazer algo mirabolante para ter um trabalho melhor...Tenho certeza que deve rolar projetos bacanas, de pessoas interessantes e interessadas em algum lugar... do Brasil ou do mundo............
Caramba, cheguei aos trinta. Me tornei mãe ainda aos 29 mas, me tornei uma sedentária incorrigível desde muito tempo atrás. Quem me vê agora, fugindo da esteira não pode imaginar que já fui uma atleta federada do voleibol, dedicada atleta com muitas horas de condicionamento fisico por semana, musculaçao e muito treino. Bom, isso ficou lá trás e o estoque de vitalidade que gerei durante a adolescência se esvaiu aos 29.

Durante a gravidez me cuidei mais. Cuidei da alimentaçao. Parei de tomar refrigerante e cortei salgadinhos e besteirinhas quase de vez. Mantive os frios, ainda não resisto a uma mortadela cheirosa nem a um convidativo misto quente massss... me cuidei muito mais desde então. Ainda mais sabendo que o Kyrá comeria o que eu estava comendo.

Mas, a gravidez passou e o primeiro reflexo disso foi que parei total com as atividades fisicas. Nem uma yoguita mais. Meditaçao as vezes. Voltei durante um tempo mas, com a volta ao trabalho (Kyrá já com 6 meses), alguns velhos hábitos voltaram. Refrigerante não, isso está lá atrás mas, passar horas sem comer e comer besteira enquanto trabalha, dormir pouco e intensa atividade corporal com preparo físico zero.... mistura perigosa pra uma pessoa normal. Agora imagine uma mulher que amamenta o filho. E um filho de 9 meses, 9 quilos e que ainda mama muito leitinho da mamãe.

Então, mamãe, qual o resultado? Mamãe cansada, estressada, com dentinhos descalcificantes e muita muita muita dor nas costas. Semana passada entravei de uma maneira que teve um dia que não consegui levantar da cama. A questão física soma-se ao estresse do trabalho, isso é verdade mas, a verdade também é que se eu estivesse em melhor forma física tudo seria diferente.

Aqui estou eu, meio dura, tensa, sem tomar remédios e precisando urgente de massagista, relaxamento, carinho, amor, descanso, boas noites de sono e ainda, passar algumas boas horas sem carregar meu chumbinho no colo. e meu chumbinho está muito fofinho. come que é uma belezinha. vai crescer muito forte e saudável.

preciso me cuidar, senão daqui alguns meses quando ele tiver 13/14 kg eu não vou poder pensar em segurá-lo... quanto mais pensar no irmãozinho...
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ops!!!
falei.
bom, eu nunca falo de trabalho né?
enfim, posso falar um pouco, agora. Aliás já é hora... tantos anos escrevendo o blog, tantas palavras e até pra me preservar de algumas coisas, optei na vida por não falar muito profundamente sobre certas coisas. mas, com essa unificaçao que rolou na vida internética é muito complexo se esconder. se nego se esconde logo a gente saca que se trata de um fake.

por isso, esse esforço é desnecessário.

entao... eu sou finalizadora de pós-produçao. andei por todo o processo do audiovisual e acabei aqui no reto do processo. é nessa fase que a gente expele o produto final, digamos. mas, sinceridade?, vou mudar de analogia senão, vou literalmente, cagar minha apresentaçao do que faço.

não tem muito como resumir. basicamente, cuido do processo final da produçao de uma peça audiovisual. Nego gravou/filmou/captou? entrega pra mim, que termino essa bagaça até a beta ser entrega na emissora (beta, dvd, fita, o que seja...). claro que não é só isso. tem as pessoas criativas, a equipe técnica, as fases do processo que podem ser muitas e também os próprios equipamentos em que se desenrola todo o processo...

o finalizador vai entendendo tudo, sabendo tudo, prevendo tudo e amarrando todas as coisas pra que elas aconteçam dentro de um prazo e da medida do briefing inicial, do pedido do diretor e de todos os personagens envolvidos no processo.

e ainda digo que o finalizador vai se dar melhor ou pior na funçao na exata medida em que ele dominar todas as instancias e souber exatamente onde está cada ponto, cada amarra de toda essa engrenagem.

eu faço isso.
depois escrevo mais que depois de tanto, tenho que voltar pra ilha e me deu preguiça.
Mais um almoço que vou deixando pra depois pra poder ficar tranquila e ir em casa dar o meu mamá em paz. Estou aqui trabalhando, com tudo pronto pra apresentaçao que deveria ser às 11h (transferida pra 14h e depois 14h30) esperando a galera chegar pra ver o pgm.

E assim vai. meu baby esperando.
será que eu nao sei me programar? é isso?
uau.
i'm completely exhausted.
dezembro vai chegar e segundo o que está rolando no trabalho, um dos projetos eu entrego e o outro entra em férias para retomar em janeiro. eu, devo pensar se devo continuar ou se devo seguir rumo.

porque simplesmente estou exausta. assim como há muito tempo não me sentia.
camilo me disse hoje que não, eu não levo o mundo sobre minhas costras... na hora minha resposta foi: não, eu não levo o mundo, pra mim foda-se o mundo~mas, o fato é que é sim, como se eu estivesse carregando tudo.

talvez até esteja.

são tantos compromissos, tanta coisa pra lembrar, tanta coisa pra estar inteira e o dia tem só 24h. e, nem me venha com essa de estabelecer prioridades porque simplesmente não está rolando.

na conspira atrasaram meu pgto, apertaram o cronograma e estou torcendo pro dia amanha ser bem tranquilo. quero um fim de semana. quero poder descansar e tirar os atrasos. de tudo. de amor, de bebe, de familia, de estar bem, de cortar o cabelo, de me sentir linda. to parecendo uma velhota. ja chega.

a gente nao veio pra essa vida pra reclamar.
e além disso, estamos adentrando um fofo sábado 14.
ai, não sei porque hoje, to chata...
oi, aqui estou fazendo um teste de como blogar direto do meu desktop. vai ser bem legal se isso der certo porque aí, não terei mais desculpa pra dizer que "não posto faz tempo" por falta de tempo...
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a ver....
trintona eu?
magina....
e por falar em processo.
sim, ganhamos contra a samsung.

;-)

valeu a pena, eh eh! valeu a pena!!
caramba, e não é que estou conseguindo escrever no blog?
bom, não tão frequentemente mas, estou conseguindo.
agora, em meio a buscas por trabalho e afins resolvi até testar coisinhas virtuais tipo twitter, facebook, etc... nada sério. nem pra aparecer, nem para parecer mas, simplesmente pra não me deixar perder...

acabo ficando pouco no computador mas, quando dá, quero fazer algo além de olhar email...

agora, por exemplo, estou fazendo mil coisas at the same time (estou mexendo no blog do Kyrá, olhando email, respondendo pesquisa, pesquisando sobre o processo contra a samsung e sobre desenvolvimento infantil)...

uff, acho que vou focar e fechar logo. hoje tem mesversário e pediatra.
daqui a pouco levanto cedo pra fazer o bolo do kyrá!
ô diliça!!!
bom, essa noite foi dificil. Também, dificil em termos...
Kyrá acordou às 4 e 40 da manhã. Ficou tranquilo brincando. Ele não quis mamar. Camilo tomou uma ducha, trocamos fralda. Camilo fez um chá de gengibre (aarrghh!!) pra espantar o frio e qualquer gripe que quisesse vir. Kyrá conversou, conversou... Dei o mordedor pra ele que ficava tentando pegar minha mão. Ofereci o peito e ele não quis de novo! Achei estranho (o ultimo mamá tinha sido 00h30) mas, dei mais um tempo. Ainda não tinha acontecido de ele acordar na madruga e recusar peito. Mas, também não queria dormir (mas, se notava que ele tinha sono).

Camilo acabou dormindo de novo e ficamos eu e ele olhando pela janela da sala, vendo o dia amanhecer, eu embalando ele, enroladinho no cobertor. Já eram umas 6 e meia. Voltei pra cama e deixei ele dormir sobre meu peito até que acordei novamente e ele estava bem suado. E assim ele dormiu até as 9h30. 9 horas sem mamar.

Eu insisti, ele não quis e confesso que dar o peito faz falta.
Mas, a gente tem de aprender a respeitar o tempo deles.
O processo dos bebês é mais sábio que o nosso.

Vai ver ele só queria saber como é passar esse tempo sem mamar e ver o dia clarear lá fora. Só isso.

A vida tem muitos mistérios...
um dia durou minha alegria do blog do kyrá (que por motivos óbvios para mim, é de acesso restrito). camilo, hoje, já me reprimiu e me disse que não concorda, etc etc etc... e ainda me acusou de querer fazer o orkut dele e outras coisas que o exponham na rede.

eu, que sempre procurei preservar a minha propria identidade, agora sou "acusada" de expor meu filho.

o pior é ter que engolir. ele é o pai e tem direito à opinião.
eu vou pensar em como vou fazer e o que fazer.

espero voltar a postar algo útil sobre algo em breve.

hasta luego people.
Finalmente criei coragem e dei o pontape inicial nos blogs do Kyrá e também no de Relatos de Parto. Obviamente ainda tem muita coisa por construir e fazer antes de divulgar mas, acho que dar esse start já é uma grande vitória.
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Não sei porque o mundo virtual tem se colocado tão difícil pra mim nos últimos anos. Talvez seja o fato de que minha vida real tem me tomado mais tempo e talvez até tenha sido mais interessante do que era antes. Mas, na verdade, há outros quinhentos por trás deste distanciamento...
...
..
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digamos que tenho uma luta interna entre expor ou não minha vida online.
por um lado acho desnecessário e até certo ponto perigoso mas, por outro, penso "porque não?" e aos poucos estou lá: orkut, facebook, blog, etc etc etc...
"y ahora si no te importa me gustaria ficar sozinho
porque la verdad és que no te banco más."

e assim ela se afasta.
assim termina a noite.
mais uma noite.

ela vai ao computador com pena.
raiva.
ele fica na cozinha em suas coisas.
que será que ele pensa?
em como ela é...

não quero mais pensar.
hoje foi o dia da primeira vacina...
enfim... acabei chorando mais do que ele...
ando tendo tanta vontade de escrever mas, qualquer caneta é tão pesada pra mim...
Tem tanto sentimento ebulindo, tanto pensamento brotando...
meus olhos se enchem de maravilha a cada segundo... é tanto que, de repente, tudo perde o sentido e, logo em seguida, parece encaixar perfeitamente e aí, tudo é possível de novo!
.
...
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Olho a meu lado e vejo 4 olhos negros. São os olhos da minha alma e da minha vontade. É assim que os meus olhos se enchem de agua, meus braços de cuidados, meu peito de afago, minhas palavras de esperança e meu coração de amor...
. . . .
. . .
. .
.
Meu filho eu não quero te mostrar o mundo mas sim, te ajudar a descobrí-lo.
ele chegou
hoje minha vida muda
deixa de ser passado e passa a ser sempre o
presente
e um futuro, com perspectivas.
passa a ser nossa vida
e a existir com sentido
e, talvez, eu possa dizer com certeza
com o real sentido da esperança.

hoje ele chegou, com seu balbuciar baixinho
uma leve respiração, um olhar mansinho...
ele chegou, com seu cheiro bom, me olhando tranquilo

imagino eu, o que terá ele visto?
que ser seria aquele, que mundo seria aquilo?

eu sei o que eu vi...
eu vi o milagre, eu vi Deus, eu vi a existência do mundo
fazer sentido, ter significado, ter rumo,
o porquê...

meu menino
meu pequenino

sou tua.
sou mãe.

nada vou te deixar faltar.
hoje entrando na 38ª semana.
um pouco de estresse, a obra do banheiro que começou dia 05 de janeiro até agora não terminou. acho que vou ter de dar show.

fui comprar sabao de coco para lavar a roupa do nene.
mamy com suas preparações tardias mas, antes tarde que nunca.

essa noite foi dificil dormir. troquei de lado da cama com camilo e fiquei acordando de tempos em tempos e olhando as arvores pela fresta da janela, acompanhando o amanhecer do dia. como a chuva refrescante da noite foi embora e o céu foi se abrindo, se abrindo... levantei às 8. saí um pouco, andei em busca de um balde e óbvio que não encontrei um que me agradasse.

mas descobri como em uma hora o ar fresco da noite chuvosa pode se transformar num bafo calorento. assim é o verão. rio de janeiro bombando, carnaval chegando.

o bebê também.
hoje o encontro de gestantes teve uma passagem forte.
viviane e jorge estão na 41ª semana de gestação, ansiosos pelo bebê e fizeram a despedida da barriga. Fizeram duas despedidas. Simularam o parto como queriam e o parto em cesariana.

Foi forte, não pensei que ia ser mas, foi.

No meu caso, o parto normal é tão normal para mim que não poderia conceber outra forma.
Pensar nos 200 pontos, nas 07 camadas de tecido cortado, no corpo marcado, na anestesia... curiosamente, para mim, isso tudo me dá horror. Eu quero sentir a dor, sentir meu quadril se abrir, sentir e viver cada uma das contrações que trarão nosso bebê ao mundo então a ideia de que me cortem e tirem ele dali, simplesmente, me horroriza um pouco.

me torna egoísta?
e se for necessário?
e se a gravidez tiver risco?
estou terminando a 37ª semana, não deveria ser. está tudo bem com ele... ele é até gordinho, bochechudo...

a verdade é ter que se acostumar à possibilidade mas, fazer tudo para que eu não precise recorrer a ela.

ok, Dona Barriga. é hora de se acalmar.
a noite é chuvosa, gostosa...
deixa a vida correr.
hoje descobri uma força em mim.
descobri que nada mais me importa no mundo a não ser trazer essa criança a salvo pra esse mundo de doidos. e descobri em mim a chama da força interna que vai me fazer ajudá-lo a enfrentar esse mundo louco.

foi algo que simplesmente eu senti.

de repente, pensei nas minhas próprias inseguranças materiais, no que temos e no que falta e vi que tudo o que nos falta é só um reflexo do que falta às outras pessoas e ao mundo. para nós dois, kyk, aqui, nada do que tecnicamente falta, é real.

nós temos tudo.
estamos prontos para tudo.

e no que não estamos, estamos crescendo, amadurecendo, aprendendo... por que a vida é isso não é?
definitivamente é isso.
entrei ontem oficialmente na 32ª semana de gestação e nunca senti tantas contrações de braxton-hicks... felizmente, tenho lido muito e falado a respeito no grupo de gestantes porque senão, seria um grande susto perceber tantas vezes em tão pouco tempo, minha barriga ficando dura, ora daqui, ora dali... uff.
sofri um pouco com isso, o bebê está grande, sinto ele se movendo até quando estou caminhando. é gostoso, não se engane, para mim não é nenhum incômodo... aliás, acho que vou sentir saudades de tudo isso mas, pensando bem, assusta um pouco. a barriga passa a ser um orgão involuntário, tem vontades e preferências próprias...

enfim, estou aqui num momento de total insonia, vou me preparar para tentar dormir... camilo já está lá há algum tempo, chove incessantemente lá fora e, eu tenho muita sede... hora de caminha, já.
tem momentos que tudo parece me irritar. olho pra meu redor e não vejo nada que me motive a nada. nada tem a minha cara, nada tem o meu jeito nem a minha participação ativa. seria tudo produto de uma historia de passividade frente aos fatos, um "deixa rolar" compulsivo para parecer que tudo é natural e relaxado... não sei se eu saberia fazer as coisas de forma diferente mas, o fato é que olho ao redor e toma conta de mim um certo desespero, uma certa fobia, uma certa vontade de eu deixar de ser eu.

tem dias que me esforço para fazer algo que tenha a minha cara. algo que eu diga que é fruto da realização das minhas proprias mãos e está forjado com idéias que sairam da minha imaginação. no fim, o que tenho, em geral, são pedaços de papel rasgado e produtos com formas assimétricas e feias, um resultado final muito distante do proposto e imaginado... o sentimento de frustração parece me deixar muito pior...

por isso, em geral, tento algo e largo por tanto tempo. foi assim com as velas, com os cadernos, com as caixas, com pintar, desenhar... tudo foi ficando disforme e distante do imaginado e isso eu não posso suportar. por isso, tudo isso está realmente deixado de lado.

assim, se torna melhor ler do que escrever. melhor olhar as fotos dos outros do que sair para tirar, revelar e etc... assim, melhor invejar as obras dos artistas que sujar as mãos de tinta e arriscar. melhor baixar algo pronto e não precisar pensar e suar para criar. melhor ir a uma loja e dizer que está caro, não conseguir comprar matéria prima e ter vergonha de buscar na rua, assim seguimos num lamaçal de frustração.

meu corpo não obedece mais à minha mente porque há anos minha mente parou de criar e passou a se guiar por medos, vontades volúveis, ideais insolúveis, pânico, estresse e uma obsessão por uma vida que não posso me dar. e agora, o que estou fazendo é gerar uma vida que não sei se posso cuidar.

como é que vou fazer com este bebê? como é que vou amá-lo e dar o que ele precisa? como é que não vou me sentir idiota diante de tanta coisa que não sei como fazer? como é que vou ser exemplo e espelho para ele, para ensiná-lo a ser gentil, a ter esperança, a lutar pelos sonhos dele e a não ter medo de enfrentaro mundo? como posso fazer isso se sou uma grande farsa, um fracasso sem fim?

ou eu não precisaria saber como, nem ter essa ansiedade do quando?
será mesmo que a gente se descobre mulher, leoa e mãe ao mesmo tempo?
será que isso tudo são hormônios, medo do desconhecido e que na verdade ser mãe é, sim, viver no paraíso?

estou aqui para saber.
estou aqui pelas respostas.
e minhas perguntas nunca cessarão.
ocultar o oculto
observar o mundo pelas lentes de um binóculo
se entregar a tudo
bem de frente eu broto
conspirar em tudo
por um bem remoto
ansiar o fruto
e deixar o sorriso florescer
nos lábios carnudos de desejo da vida
se sorrir, crescer, deixa ampliar e se esvaecer.

uma bolha em mim
explode e quer viver
um eu mais profundo, mais leve e feliz
um sorriso, um riso, uma expressão de ser.
me inspiro em ti, em ti e em tis
me deixo levar só por um segundo a mais...

80 kg a menos
carreguem meus pesos
completadas as 31 semanas, chegam as 32 e parece que não vai ter fim... Na verdade, não sei se eu gostaria que tivesse. Mas, and tão chatona ultimamente que talvez seja melhor. Ou melhor ainda, encontrar uma maneira de ficar mais tranquila e legal.
O que acontece é que de repente todos os fantasmas guardados, escondidos, esquecidos, deixados de lado e mesmo aqueles com que convivo todo dia resolvem se encontrar e fazer a festa. E eu me vejo, de repente, dizendo coisas sem sentido, sonhando acordada, chorando como uma desatada ou simplesmente sentindo muito desejo de sensações e sabores há muito rejeitados ou esquecidos.
o phoda com ph da vida é esse...
não conseguir conciliar as coisas importantes da vida ou iniciar e tocar novos e nossos projetos pessoais com o mesmo afinco que temos ao lidar com projetos e coisas importantes dos outros...

na verdade estou falando do trabalho versus a vontade de fazer o que quero...

eis que a vida me prega nova surpresa e neste momento me encontro absolutamente grávida.

eis que chegou minha vez de gerar vida... e é tão especial a experiência...
mas, não vou choramingar palavras sobre a beleza da maternidade.
o que quero é colocar pra fora minha inconformidade com minha atual (e desde algum tempo, já) situação de inércia pessoal.

tenho feito tanto pelo trabalho e nada por mim já tem algum tempo...
e agora que vem o bebê, estranho, veio a necessidade de pensar em mim... em nós dois e em nós três. porque agora eu sou mais um, além de nós...

vamos ver se consigo retomar essa bodega começando pelo blog.
um abraço, beijo e chau.
este ano assisti alguns filmes com o ator americano Morgan Freeman. Sempre me tocou o jeito como atua e principalmente sua presença em cena e a força/delicadeza de seus personagens ainda que muitas história/roteiros para mim, sejam um pouco duvidosos. o primeiro filme que me tocou foi na adolescencia, com Se7en, apesar de ele haver brilhado com "Driving Miss Daisy" cerca de seis anos antes, filme que assisti na tv anos depois e que me emocionou mas, não me chamou a atenção.

camilo e eu conversamos algo sobre ele, depois de Gone BAby Gone e, de repente me veio uma dúvida: "engraçado como Morgan Freeman sempre faz papel de velho..." e, de repente nossas cabecinhas se puseram a lembrar ou, a tentar recordar de algum flash, algum frame, algum sutil momento em nossas vidas em que tivessemos visto, mesmo que de relance, uma imagem de Freeman jovem, em alguma imagem desgastada do tempo, p&b, com infindáveis sujeiras de negativo mas, enfim... buscar na memória foi em vão.

tentei resistir ao máximo ao buscar essa informação na internet. mas, hoje, depois de assistir à "The Bucket List", não resisti. uma observação do próprio Nicholson durante o filme, sobre as sardas de Freeman foram o ápice de minha curiosidade.

"não é estranho um negro com sardas?" perguntei a camilo e ele me respondeu com um olhar crédulo de "sim..."

assim que freeman é um sujeito curioso.
e vim ao imdb e me diverti descobrindo que seu primeiro papel no cinema como figurante foi no filme "The Pawnbroker" de 64 quando tinha quase 30 e o primeiro personagem creditado aconteceu apenas em 1971, já com 30 e poucos...

mas, os personagens marcantes e os bons filmes só mesmo nos anos 80 e 90 então dá pra dizer mesmo que ele sempre fez papel de velho...

mesmo quando era jovem, ela ja era velho.... rs... virou piada... ainda que piada interna..
estava imaginando cá com meus botões o que estaria euzinha fazendo se não tivesse e-mail pra checar, post pra publicar, fotos pra administrar, sites de notícias e de amigos para acessar... o que estaria fazendo?

cresci sem e-mail e computador mas isso foi até 93 quando minha mamy comprou seu primeiro aptiva da ibm com super 8 MB de HD (ou algo infímo assim) e era o mais moderno de todos porque todos as minhas amiguinhas que tinham computador (2, no máximo) tinham ainda aqueles de tela preta com letrinhas verdes... o tal de 486...com DOS!!!

apesar de ter crescido longe do computador, minha vida profissional já foi iniciada praticamente paralela ao uso do computador e na faculdade em 98 eu já tinha email... ou seja... de lá pra cá, a vida "cibernáutica" só foi crescendo e tomando espaço do meu dia...

até chegar ao presente momento em que me encontro, à 1h13 da manhã, postando num blog, esperando chegar um email onde conste um link de FTP onde foi postado um arquivo de áudio para atualizar um projeto que deve ser enviado por via link Rio-SP para uma apresentação amanhã às 9 da amanhã...

e, eu aqui, numa fase totalmente orkut da minha vida, postando fotinhos e xeretando a vida dos outros, deixando scraps carentes a pessoas que gosto e tenho saudade e que só tenho a chance de ver através da própria "cibernautecnologia" e, escrevendo este post pra postar pra talvez alguem ler e deixar algum "comment" ou quem sabe nada disso....

pra onde estamos indo?
hehehe, nos mudamos hoje... finalmente!

mas, unhappy, não sei se começaram os pesadelos verdadeiros, ou não!
caramba... tô indo assinar um contrato...
responsa... e o medo? o medo de me enrolarem, me procesarem, etc?

acho que preciso de um amigo advogado de confiança...
relacionar-se, falar, discutir, abrir...

bom
puxa vida, ontem tava tristona... fases de mudança... não deu tempo de comemorar ainda os lances do apartamento...na verdade, apesar de estar na mão, não fechamos ainda o contrato. não tenho nada assnado na mão e isso me sufoca um pouco. camilo ainda quer dar a última olhada nos imóveis...

mesmo que as coisas sejam sempre difíceis pra mim, no sentido de que conseguir algo é sempre um parto, sempre esqueço de comemorar... acho que não esqueço, deixo pra comemorar só quando tenho certeza de que consegui algo... já contei tanto com o ovo no cu da galinha e me decepcionei em sequência que acho que peguei essa mania feia de não me empolgar quando há expectativa de algo bom... as viagens pra portugal são um exemplo diss... pra mim, a galinha tem que botar o ovo e eu já tenho que estar com ele no prato... na verdade ´ideal é já ter comido...

isso é ruim porque praticamente acabo ficando feliz só depois que a felicidade já passou... é o clássico "eu era feliz e não sabia!"... puxa...
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acho que descobri o segredo de um processo negativo que tenho e que é interessante...
talvez eu consiga começar a evitar...
viu como escrever é bom, como escrever no brógui é legal...
pena que vão tantas mágoas pras páginas webianas...
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mas, chega de lamúrios.
acabei não falando o que interessa...
dias de cão podem ser dias de alívio.

fui pra casa às 4 da manhã sem tempo de pensar em comemorar a aprovação do bendito seguro-fiança e da proposta pro apartamento que vamos alugar... a alegria não cabia em mim, queria chorar de alegria mas, não tinha como, não dava pra extravasar... ia parecer uma louca desvairada, ninguém ia entender... fui conversando um pouco com algumas pessoas mas, mais, uma vez... tive de me conter....

que saudade da keila esbaforida...

ela morreu...
Curioso... esses dias tenho tido e sofrido de uma loucura e de uma angústia sem nome. Camilo tenta e tenta decifrar-me e descobrir "que carajo me pasa" mas, é em vão porque eu mesma não sei o nome desse enjôo que sinto há quase uma semana.

tentei ler meu horóscopo mas, me deparei com um "é a época do ano em que você está mais afetado pelas idéias ancestrais do seu inconsciente" e não sei se não entendi ou se mais uma vez, prefiro não entender essas coincidências de jornal...

enfim, Luiza aqui da produção, me viu lendo o Globo e me apontou a coluna do Jabor, chamada "A felicidade hoje é fechar os olhos"... li e me lembrei do que escrevi ontem quando disse que a gente tem que ser uma publicidade ambulante...

O texto é realista, profundo, "cru"...bem escrito, é Jabor... mas, vou transcrever alguns trechos... agora acho que não estou tão sozinha no mundo... acho que posso continuar tentando ser feliz...
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**Antigamente, a felicidade era uma espécie de "missão" a ser cumprida, a conquista de "algo maior" que nos coroasse de louros; a felicidade demandava o "sacrifício", a renúncia, a luta contra obstáculos. A idéia de que a felicidade se "constrói" já ficou para trás. Hoje, felicidade é ser desejado.

A idéia de felicidade não é mais interna, como a dos monges, ou a calma vivência do instante, ou a visão da beleza. Felicidade é entrar num circuito comercial de sorrisos e festas e virar alguém a ser consumido. Felicidade é ter um bom funcionamento. McLuhan escreveu que os meios de comunicação são extensões de nossos braços, olhos e ouvidos. Hoje, nós somos extensões das coisas. Fulano é a extensão de um banco, sicrano comporta-se como um celular, beltrana rebola feito um liquidificador. Assim como a mulher deseja ser um eletrodoméstico, um "avião", peituda, bunduda, o homem quer ser uma metralhadora, uma Ferrari, um torpedo inteligente, e mais que tudo, um grande pênis voador sem flacidez e angústias. Confundimos nosso destino com o destino das coisas...**

**Somos "felizes" dentro de um chiqueirinho de irrelevâncias, bagatelas, micharias. Uma alegria para nada, para rebolar o rabo nas revistas, substituindo o mérito pela fama. Essa infantilização da felicidade pela mídia se dá num mundo em parafuso de tragédias sem solução, como uma disneylândia cercada de homensbomba. Não precisamos fazer ou saber nada; o sujeito só existe se aparecer.**

**Oscilamos entre o desejo de ser "especiais", únicos, brilhantes indivíduos, celebridades que fujam do escuro anonimato e o desejo de virar pó, de ser uma formiga obediente, conduzida por um comandante qualquer.

E tudo sempre em nome da palavra-chave da época: a liberdade, que todos fingem querer, a liberdade respirando como um bicho sem dono entre o individuo e a massa, a liberdade - esta coisa que provoca tanta angústia.**


é, Jabor...está dito.
ai, hoje eu tô tão triste....

e não tem alegria que reanime meu estado de ânimo... é uma infelicidade tão completa que toma conta de mim, que nem nada me está fazendo pensar em sorrir. que será isso? insatisfação momentânea, baixa na serotonina, falta do que fazer ou o que jesus?

bom, vou descer, comer uns chocolates e ver se passa...
não sou nem nunca fui garota popular... sempre preferi o anonimato porque a popularidade faz sofrer... faz a vida ficar visada, gera sempre uma fofoca, perde-se sempre algum momento particular... nunca fui menina de muita festa, "n amigos" que não são tão amigos.... sempre sofri quando descobri uma traição, alguém que fala mal de ti pelas costas e fiquei triste mesmo quando me dei conta de que invariavelmente amigos são realmente poucos e que sempre se fala mal dos outros por aí...

um dia resolvi ser popular. aí me larguei dos medos e preconceitos todos que acabei de listar (e olha que nem emiti uma opinião completa, apenas impressões)... andava pelos corredores e conhecia a todo mundo. meio que dominava meu mundinho... passava por cima de tudo, superava tudo, ignorava o que não me interessava, não me frustrava, me respeitava... eu não era nada, não tinha nada, não tinha grana nem quem me bancara mas, eu sabia que tinha o mundo a descobrir, a se revelar pra mim e eu queria saber o que era...e eu estava lá... me sentia bem e ia muito bem obrigada, tinha força pra ignorar quem não me deixava ser quem eu queria ser...

mas, um dia meu mundo caiu. minha família se partiu, minhas condições foram por água abaixo e acho... que caí na real. fui ao chão. fui ao chão e passei.

foi assim que me tornei uma pessoa meio, dura..."crua". que presta atenção em tudo, percebe os movimentos alheios, os olhares... acho que me tornei treinada na arte de perceber como as pessoas estão ligadas no superficial, nas aparências, nas energias e propósitos que lhes interessam a primeira vista. se você nada tem a oferecer... na verdade, não importa se vc tem algo a oferecer...tem de aparentar ter o que oferecer... temos de ser uma propaganda de si mesmo ambulante!

e isso, deveras me enche o saco...

mas, não ligo muito pra isso. vivo tranquila no meu anti-socialismo... tenho amigos... ou acho que tenho porque quando menos esperamos, quem te oferece a mão é quem não espera e os "amigos"....

bom, sei que esse parece o discurso de uma amarga... talvez até um pouco seja... talvez, quem sabe eu esteja mesmo um pouco amarga demais... mas, a verdade é que dói e machuca ser sempre a nova, a café com leite, a estranha... é ruim....é ruim ser deixado de lado que nem cachorro velho.... sem ser velho!

MUNDOOOOO, será que vc não me enxerga aqui?
hoje vimos mais um apartamento legal. Desta vez, muito barato, daqueles cheio de gente pra concorrer com vc... é muito pequeno também, não tem elevador e fica no quarto andar mas, é tão barato.... vamos tentar mais uma...
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enquanto isso, vou falando com a outra imobiliária vendo se consigo entender o sistema de seguro fiança deles e, se realmente isso vale a pena. Ali, seria um ap pra gente ficar mais tempo, com dois quartos, varanda, rua arborizada, com elevador, pode ter bicicleta... sei lá... certas ilusões. tenho que contar com a sorte do Santo Seguro Fiança aprovar tudo e realmente, ficaria feliz se desse certo.
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No trabalho pelo menos, as coisas hoje fluiram um pouco mais. Tomei uns vácuos ainda assim... difícil correr atrás, na última posição sempre mas, em algum momento a coisa se reverte... ou termina de vez. espero aguentar e superar mais esta. como em outras fases da vida.
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será que algum dia eu fui tão conformista assim???
???
??
?
Desliguei o telefone, feliz de alegria.
O online foi aprovado, podemos "tocar ficha" na cópia de veiculação... fiquei feliz de alegria mas, nem lembrei que já temos outra versão do mesmo filme mas, com alterações, novos letreiros etc... ou seja a coisa continua e a felicidade já já se torna correria e novas correções de cor, pedidos e etc...assim a vida de finalizadora junior, segue.....
Pensamentos quase póstumos
LUCIANO HUCK


LUCIANO HUCK foi assassinado. Manchete do "Jornal Nacional" de ontem. E eu, algumas páginas à frente neste diário, provavelmente no caderno policial. E, quem sabe, uma homenagem póstuma no caderno de cultura.
Não veria meu segundo filho. Deixaria órfã uma inocente criança. Uma jovem viúva. Uma família destroçada. Uma multidão bastante triste. Um governador envergonhado. Um presidente em silêncio.
Por quê? Por causa de um relógio.
Como brasileiro, tenho até pena dos dois pobres coitados montados naquela moto com um par de capacetes velhos e um 38 bem carregado.
Provavelmente não tiveram infância e educação, muito menos oportunidades. O que não justifica ficar tentando matar as pessoas em plena luz do dia. O lugar deles é na cadeia.
Agora, como cidadão paulistano, fico revoltado. Juro que pago todos os meus impostos, uma fortuna. E, como resultado, depois do cafezinho, em vez de balas de caramelo, quase recebo balas de chumbo na testa.
Adoro São Paulo. É a minha cidade. Nasci aqui. As minhas raízes estão aqui. Defendo esta cidade. Mas a situação está ficando indefensável.
Passei um dia na cidade nesta semana -moro no Rio por motivos profissionais- e três assaltos passaram por mim. Meu irmão, uma funcionária e eu. Foi-se um relógio que acabara de ganhar da minha esposa em comemoração ao meu aniversário. Todos nos Jardins, com assaltantes armados, de motos e revólveres.
Onde está a polícia? Onde está a "Elite da Tropa"? Quem sabe até a "Tropa de Elite"! Chamem o comandante Nascimento! Está na hora de discutirmos segurança pública de verdade. Tenho certeza de que esse tipo de assalto ao transeunte, ao motorista, não leva mais do que 30 dias para ser extinto. Dois ladrões a bordo de uma moto, com uma coleção de relógios e pertences alheios na mochila e um par de armas de fogo não se teletransportam da rua Renato Paes de Barros para o infinito.
Passo o dia pensando em como deixar as pessoas mais felizes e como tentar fazer este país mais bacana. TV diverte e a ONG que presido tem um trabalho sério e eficiente em sua missão. Meu prazer passa pelo bem-estar coletivo, não tenho dúvidas disso.
Confesso que já andei de carro blindado, mas aboli. Por filosofia. Concluí que não era isso que queria para a minha cidade. Não queria assumir que estávamos vivendo em Bogotá. Errei na mosca. Bogotá melhorou muito. E nós? Bem, nós estamos chafurdados na violência urbana e não vejo perspectiva de sairmos do atoleiro.
Escrevo este texto não para colocar a revolta de alguém que perdeu o rolex, mas a indignação de alguém que de alguma forma dirigiu sua vida e sua energia para ajudar a construir um cenário mais maduro, mais profissional, mais equilibrado e justo e concluir -com um 38 na testa- que o país está em diversas frentes caminhando nessa direção, mas, de outro lado, continua mergulhado em problemas quase "infantis" para uma sociedade moderna e justa.
De um lado, a pujança do Brasil. Mas, do outro, crianças sendo assassinadas a golpes de estilete na periferia, assaltos a mão armada sendo executados em série nos bairros ricos, corruptos notórios e comprovados mantendo-se no governo. Nem Bogotá é mais aqui.
Onde estão os projetos? Onde estão as políticas públicas de segurança? Onde está a polícia? Quem compra as centenas de relógios roubados? Onde vende? Não acredito que a polícia não saiba. Finge não saber.
Alguém consegue explicar um assassino condenado que passa final de semana em casa!? Qual é a lógica disso? Ou um par de "extraterrestres" fortemente armado desfilando pelos bairros nobres de São Paulo?
Estou à procura de um salvador da pátria. Pensei que poderia ser o Mano Brown, mas, no "Roda Vida" da última segunda-feira, descobri que ele não é nem quer ser o tal. Pensei no comandante Nascimento, mas descobri que, na verdade, "Tropa de Elite" é uma obra de ficção e que aquele na tela é o Wagner Moura, o Olavo da novela. Pensei no presidente, mas não sei no que ele está pensando.
Enfim, pensei, pensei, pensei. Enquanto isso, João Dória Jr. grita: "Cansei". O Lobão canta: "Peidei".
Pensando, cansado ou peidando, hoje posso dizer que sou parte das estatísticas da violência em São Paulo. E, se você ainda não tem um assalto para chamar de seu, não se preocupe: a sua hora vai chegar.
Desculpem o desabafo, mas, hoje amanheci um cidadão envergonhado de ser paulistano, um brasileiro humilhado por um calibre 38 e um homem que correu o risco de não ver os seus filhos crescerem por causa de um relógio.
Isso não está certo.


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LUCIANO HUCK, 36, apresentador de TV, comanda o programa "Caldeirão do Huck", na TV Globo. É diretor-presidente do Instituto Criar de TV, Cinema e Novas Mídias.
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