Eu acho que preciso acordar. Acordar pra vida e me ligar.
Escolher um lado. Na verdade já escolhi o lado.

O lado da luz e da alegria. Só não sei como me manter nele sem pensar tanto na vida e ter tantas dúvidas. Overthinking, pensando muito, cabeção...

O que é mais confuso para mim é que não sou pessoa que fica só no campo das ideias com as coisas, realizo demais, faço muito durante meus dias. Faço até mais do que muita gente pode imaginar ou mesmo fazer. Durmo pouco por isso até....

Mas, tenho que confessar que apesar disso, ainda procrastino muito...
Infelizmente, o que tenho percebido é que, em nome da eficiência e do trabalho, acabo procrastinando em atividades que me proporcionam alegria e prazer: um passeio diferente, curtir a vida numa praia só olhando o céu, lazer mesmo... viagens... reuniões com amigos.

Ok, a situação econômica aqui não anda favorável mas, realmente, eu penso que é preciso fazer algo.
Acordar pra vida e me ligar.
Por que amo estar bem, amo estar feliz e amo não ficar pensando se fiz as coisas certas. Eu sempre faço o meu melhor... Enfim...

+ espontaneidade, por favor.


Meu idolatrado ex há algumas semanas respondeu a uma tentativa de comunicação minha e do filho dele com palavras simpáticas como "foda-se vc com sua vidinha inventada e falsa, traíra. você não tem noção. Você é suja e isso é um fato. E sujou a minha vida e não tem mais conserto.... piranha, compre sua felicidade, isso será sempre o seu destino. Podre... você é incapaz de compreender o que vc fez, a prepotencia de suas ações e a doença que trouxe. Que direito você tem de decidir sobre a vida de todos? Eu, o louco, doente.... me manda mensagenzinhas para me lembrar o que eu perdi, o que não é mais... Me fode. Vai Keila, pede a sua advogada justiça, vai...coitada. Compra tudo. Até que me internem. Até eu perder o último pingo de sanidade, se é que alguma vez tive, né? Sou egoista, um merda, um pobre coitado. Um lixo, um covarde que nem nem cojones para se matar... um estuprador que te fodia e que continua a te foder a existência. Vou falar com a puta que te pariu, infeliz. Você é um monstro. Inumana."
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Isso foi dia 22 de abril. Tem um mês.
Eu o bloqueei no whatsapp, porque algo me diz que eu não mereço ler, ouvir essas coisas.
Foi por coisas assim que eu me separei.
Porque ele pegava pesado assim quando falava comigo e queria me ofender.
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Todos os dias ouvindo que sou retardada, imbecil, idiota. Às vezes um de cada vez, às vezes os três. Às vezes, só "boluda" umas 3 ou 4 vezes ao dia... com a explicação de que na Argentina é assim mesmo. E, depois dessas palavras doces jogadas ao vento.... no minuto seguinte, vinha algo de como eu não tinha noção de como eu era linda, que eu era tudo pra ele. E no mínuto seguinte, que eu tinha muito potencial, que como eu não percebia. Que eu era bonita mas, que de perfil, não era bom, ficava feia. E também, de como ele sentia tesão ao me ver chorar....
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Ou seja, como não me separar né?
Como ele mesmo disse, um dia me tornei "forte o suficiente para tapar a boca dele e não ter mais que escutar isso".
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E há alguns dias ele escreve para a única caixa de email que é via de comunicação aberta e me escreve um email "aos meus filhos" para apresentar sua nova filha, Lara com sobrenome dele. Falando de mim e de todo o meu dinheiro, todos os meus advogados e todo o meu poder.... impressionante.
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Eu vivendo o momento mais delicado da vida, numa reconstrução louca das coisas. E ainda tenho que ouvir isso. Tá maneiro né?


Olha, que coisa mais bonita!

Escolhi um lugar para desenvolver minha espiritualidade.
E ontem aconteceu o meu batismo.

êêêêêêêêêêêê!!!
Não que eu seja assim uma pessoa religiosa.
Não acho que eu seja religiosa. Mas, sou espiritualizada. Sempre fui. Passei por muitos lugares. Há quase 15 anos estou lug
E vou atrás de desenvolver a minha espiritualidade. Deveria até fazer mais e melhor, vide o post sobre musculação da fé, de outro dia. Mas, digamos que essa questão do batismo para mim era um grande dogma. Um dogma que me fez rebelar contra a igreja católica na época do colégio e a segregação na hora da hóstia... Um dogma que me faz ter dúvidas sobre poder um dia casar na igreja ou não (meu Deus... casar na igreja! Será que um dia isso passou pela minha cabeça, de verdade?), uma questão que um dia me fez questionar se sou mesmo filha de Deus ou não (olha que absurdo!)


Uma cerimônia simples e "solitária" digamos assim, já que nenhum familiar ou amigo pôde comparecer...nem mesmo os meninos que tinham uma festinha de aniversário imperdível... ok, opção minha para eu ter mais tranquilidade e focar nesse momento especial de apresentação.
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achei bonito, bonito mesmo.
e me emocionei.
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fico feliz por terem me recebido. e por ter recebido tantas mensagens de que estou no caminho certo.
do amor, da renovação, da alegria.

Eu tava querendo ficar mal por conta desse post anterior, onde eu revivi em segundos, experiências chatas da minha vida. Mas, vou reconsiderar e seguir em frente. Bem.


Meus meninos precisam de mim bem, sou a referência.
Não há o que eu possa fazer que vá mudar a possibilidade de eles terem opinião própria a respeito de tudo isso lá na frente. O que eu posso fazer é tentar proporcionar uma vida mais alegre para eles. E para isso, eu mesma preciso experienciar, experimentar, viver a alegria. Plena.

Vou fazer isso por mim.
Hoje.
E, se tudo correr bem, SEMPRE.
Estou aqui em São Paulo desde domingo.
Milhões de sentimentos invadem mas, um dele se destaca: lamento por não poder ter mais tempo para "enjoy", para curtir a minha cidade. Vim com meus filhos e eles ainda não tiveram tempo de passear com a mamãe aqui. Em compensação, ficaram muito tempo com os primos, com a vó e com a tia.
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Eu, também tive o privilégio de curtir um tempo com a irmã, colinho de mãe e de dormir até mais tarde. Muito bom.
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E, claro, estou trabalhando muito.
Vim fazer a finalização do filme na O2.
Desde meus tempos de SP tinha vontade de entrar na O2.
Aê, então, mais um objetivo alcançado :-)
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O mais legal para mim é ver que lugar sensacional é a produtora e o clima que rola lá dentro.
E melhor ainda, ver que é um lugar onde eu poderia perfeitamente trabalhar.
Saber que não me sentiria nenhum pouco estranha de estar num lugar onde poderia crescer e trabalhar.
Vamos mentalizar, quem sabe?
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Poxa, um querido amigo me convidando para sair.
Total sinalização de que ele tem algum interesse. E tem mais um e tem mais um.
Mas, não pude aceitar. Nem desse, nem do um e nem do um.

Depois de terminar uma aproximação de um ano apenas com uma desaproximação repentina.
Depois de fechar um ciclo de esperança e carinho que esperavam há mais de 24 meses a fio...
Depois de abrir erroneamente as portas de minha casa a algumas pessoas que só queriam me testar...




...Eu entrei nesse período de reclusão, de resignação.
...Entrei no meu território de fêmea-mãe e não quero arredar pé daqui.

Os caras tão aí. Eu tô aqui.
Só observo e quando puder vou esquivar.
Já vi que sou ruim de escolha então vou me resignar.
Vou deixando as coisas rolarem, vamos ver no que é que dá.
Sigo capoeirando, correndo, gingando, maternando, exercendo, trabalhando.
Um dia o amor há de chegar.

Por hora, sinceramente, tô melhor assim.



Eu não sei porque ainda deixo muito a minha paz falhar e deixar meu coração ser invadido por tristezas e amarguras. Na verdade, no fundo eu sei. É a minha fé que falha... é a minha fé que ainda não está exercitada e que não me deixa ser leve e fluir...

Eu reli um texto do Mestre Yogananda agora e fiquei pensando nisso...

"Quando você tem paz em cada movimento do corpo, paz nos pensamentos e na força de vontade; paz no amor que dá, e paz e Deus nas ambições; é porque ligou sua vida a Deus.
(...)
Quando os desejos humanos são tolhidos ou contrariados, o resultado, muitas vezes, é a ira. Quando temos raiva, esquecemos nosso lugar na vida. Quando o esquecemos, fazemos coisas erradas. E, quando fazemos coisas erradas, somos um instrumento da ignorância.

Se você não conseguiu realizar um desejo, pergunte-se se era bom ou mau. Se era prejudicial, agradeça por estar livre de um problema. Mas, se algo meritório saiu errado, corrija o erro. Seja firme e calmo. Analise tudo de modo inteligente e pacífico. A lei divina lhe dará a compreensão correta.

Perder a paciência é perder a paz. Perder a paz é perder a própria base da vida espiritual."

Eu tenho perdido um pouco dessa paz, volta e meia.
E toda vez que isso acontece, me sinto mal porque é como se eu voltasse alguns steps em algo que está indo tão bem...
Me voltam a angústia e a sensação de que as coisas "não estão andando", de que "nada muda"....
Ora, criança mimada e impaciente...
Se eu tenho provas todos os dias de que as coisas evoluem e que tudo é transitório e que as coisas vão dar certo...
Ao invés de parar e conversar com Deus... com meus guias, meu anjo da guarda... pedir orientação e aguardar... observar os tantos sinais que se apresentam pra mim toda hora... eu simplesmente esqueço e deixo meu coração ser invadido pela angústia....

Não pode ser!!

A conclusão a que chego é que a FÉ é uma grande musculação e a gente precisa exercitar everyday.
Todos os dias.
Constantemente.
Se não atrofia...

E a presença em eventos ecumênicos não é o exercício...
É como ir de um ponto a outra caminhando mas, ainda assim não ganhar músculos ou tônus muscular.

A verdadeira modelagem corporal da fé envolve outros exercícios e dietas, rsrsrs
Vou escrever disso depois.

Tenho que trabalhar, agora.



TPM é phooda, hahaha
Ando tão a flor da pele que qualquer beijo de novela me faz chorar.
Ando tão à flor da pele que teu olhar flor na janela me faz morrer,
Ando tão à flor da pele que meu desejo se confunde com a vontade de não ser,
Ando tão à flor da pele que a minha pele tem o fogo do juízo final.

Pois é...
Acho que entrando na  TPM de novo, meu senso crítico aflorado se coloca à mostra mais do que nunca e a única vontade que tenho é a de sair correndo, acabar com tudo, deixar tudo zerado, jogar tudo fora e começar tudo de novo.

Tem dias como o de hoje que em que eu olho pro resultado e fico surpresa com tudo o que eu fiz, tudo o que eu senti, tudo o que realizei e me surpreendo enormemente. E no fim, sinto apenas um vazio e uma grande solidão.

Eu tô num processo de aceitar que esse vazio e essa solidão não são falta de companhia. Não é falta de homem, hahaha, não é falta de amigos. Não é falta do que fazer... Talvez seja apenas a ausência de mim para comigo mesma. E é nisso que falho tanto em preencher.

Me dá um pouco de raiva ver como homens se aproximam de mim atraídos por algo que eles percebem, vêem e almejam mas, como nenhum se movimenta para realmente me conquistar. E aqueles que compreendem que eu devo ser conquistada, lamento tanto por não sentir correspondência à altura. Espero que em algum momento aconteça um outro tipo de sincronismo e as coisas fluam, estou deixando de pensar nisso. Cada vez mais.

Porque sinto aquilo que falei mais acima.
Eu sou a companhia que falta para mim mesma.
E eu quero estar presente para me acompanhar nas coisas que tenho para viver...

Eu não teria como dividir com alguém um dia como hoje.

E ao ver pessoas tentando essa aproximação comigo sem ter a mínima noção dessa (in)capacidade, sem presenciar essa movimentação intensa... Ou ainda, se aproximando e sendo ciente e presente mas, tendo aquela reação automática de admiração e respeito mas, sem querer tocar por medo de quebrar uma rotina tão intensa... oh, meu Deus.. Ao ver e perceber isso, me sinto mal porque acho q é tudo infantil... uma coisa e a outra: infantil e covarde...

E acaba reforçando em mim a sensação de que só os fortes entenderão e poderão estar na minha convivência, hahahahaha Eu rio mas, não é engraçado. Mas é interessante de perceber "de fora" essas movimentações.. HEHEHE sim! estou de fora delas... não estou envolvida mas no fundo, querendo me engajar em alguma dessas histórias...

E isso não me impede de estar a flor da pele. Estou. Estou intensa. Estou vulcão. Estou em constante erupção lenta e constante :D

Ah bem... o dia começou intenso aqui. Vou-me.

Eu estou preparando dois outros textos... Um sobre racismo... minha visão. E outro sobre sonhos, uma análise de um trecho de uma música do Emicida. Espero poder publicar em breve.

Abraçoaê!
Eu precisei dispensar a moça que trabalhava com a gente aqui.
Em parte porque o trabalho não estava mesmo de acordo com as nossas necessidades.
Em parte porque as personalidades não batiam a contento.
Em parte porque o fato de a dona produtora não me pagar me deixou sem verba para seguir no pagamento.

(um parênteses, imagina se eu resolvo seguir o princípio da produtora lá e resolver não pagar a moça que trabalhou aqui porque achei o trabalho dela "não satisfatório com as minhas expectativas". não tem lógica gente, não acho a lógica.... hahahaha só rindo!)

E, como ainda não consegui ninguém pra substituir efetivamente e como fazer se a pessoa com quem eu tinha fechado paar começar aqui, sequer atende o telefone (que está eternamente na caixa postal?). Então, não me restou dúvidas... Me resignei a praticar o experimento abaixo (com a ressalva de que, como não é a primeira vez, me dei ao luxo de aprimorar a técnica).

Como ter a função multipla de mãe-donadecasa-executiva-posprodutora-ninja-mulher por algum tempo até me organizar?

Como fazer isso sem me descabelar-descontrolar-tercriseexistencial?
Ainda pensei no Osteopata Dr Frederik me dizendo para tirar o peso das costas...

Enfim, vou levando.
Hoje já:
- Lavei roupa, estendi e dobrei as que estavam antes.
- Levei todas as louças, inclusive, estou indo dormir deixando tudo limpo.
- Fiz canjica, fiz arroz. Almoçamos e jantamos. Fiz comida nova nas refeições.
- Tomei um lanchinho na rua, com os meninos já que, mais uma vez não vamos na pracinha.
- Arrumei os uniformes com antecedencia. E hoje já lavei. Amanhã estarão com uniformes limpos e passados. Arrumarei tudo logo cedo.
- Mantive a casa limpa, tudo no lugar. Só preciso organizar uma faxina pra limpar o chão da sala e banheiros no final de semana. Vale dizer que os meninos colaboraram pra caramba. Ajudaram a recolher brinquedos, colocaram as roupas sujas na máquina, tomaram banho organizadamente, fizeram a lição de casa, colocaram os pratinhos na pia depois de dormir...
- Trabalhei, atualizei cronogramas, baixei e enviei arquivos. consegui repassar a lista de pendências e ver se está tudo caminhando nos conformes. resolvemos parte das questões das músicas. mantive contato com todas as equipes de cor, som, edição, diretores... temos questões com o licenciamento das músicas. estamos atrasados no envio da trilha mas, o diretor tá trabalhando colado nos caras... enfim.. as artes também ao meu ver estão um pouco encrespadas, assim como os créditos... enfim, o trabalho vai ficando intenso mas, está se realizando e todo mundo trabalhando na pressão mas, dentro do controle ainda. temos alguma margem pra se mexer apesar do prazo insano. e eu espero nào comer nenhuma bola.
- também conseguimos entregar o trabalho do longa do vampiro carioca, o que é sensacional. e estamos pra orçar mais um projetinho com esse pessoal de lá. uma outra proposta de um trabalho de dramaturgia pra depois do longa também está encaminhado. espero que dê certo pois precisamos ganhar algum din din extra.
- talvez role uma nova versão da festa... isso ficou pendente hoje. vou ajudar de uma forma menos virtual dessa vez. precisamos de uma reunião.
- levei e busquei os meninos na escola... ontem fui dormir 3 e hoje acordei 8. não fomos na natação. não temos touca, nem chinelos. nem óculos. mas, vou dar um jeitinho e comprar no crédito amanhã. aproveitar que ainda tenho. porque a parte dramática está sendo administrar essa conta maldita que ficou pelo não pagamento da conta da dona juliana.

agora, vou descansar porque o dia que chamo de hoje já acabou tem 2:30, hahahaha
e hoje já é amanhã e já tenho missões a cumprir.

Curioso que é a terceira ou quarta vez que eu me disponho a tocar as coisas sozinha.
E é a primeira que tenho paz no coração.
Estou com a sorte de ter um trabalho legal. De estar em paz comigo apesar de todos os problemas.
Aliás não vou mais continuar falando dos problemas. Tá muito chato isso.

Enfim, por hoje é só.
(só faltou a parte de ser mulher, né?)
(ha ha ha mentchira, porque me arrumei linda pra trabalhar, cabelo preso de lado, vestido, sapato e batom vermelho... mas, amanhã - porque o dia só vira quando a gente dorme - estarei um trapo! ha ha ha ha)
olha, hoje eu acordei com uma sensação estranha. meio que um tiquezinho nervoso, a parte que fica entre as sobrancelhas tremendo sozinha. com certeza já me dirão: "oh, isso é estresse!" hahahah

sim eu sei. e pode ser.
pois é um saco porque todos os dias de manhã eu me disponho a acordar bem humorada e melhor.
na sexta feira, virei a noite inconformada com algumas coisas, algumas situações e hoje, que é segunda, dia de ação, me levanto disposta a AGIR.

conversando com um querido amigo, falamos sobre essa coisa de eu ter essa rotina maluca... uma grande correria, na verdade. falamos sobre como isso pode ser um fator que atrapalha deixar uma pessoa entrar na minha vida. foi difícil separar, porque a correria era essa já e não sobrava muito tempo pra descansar. e depois de separada a correria ficou maior.

mas, olhando e relendo esse blog eu vejo e percebo que minha vida é uma grande correria.
o tempo todo estou correndo atrás porque estou mesmo em desvantagem com relação a todas as pessoas que tiveram as oportunidades mais à mão. nunca me acomodei nos meus anseios e corri atrás dos meus sonhos. e mesmo, hoje, vendo a idade e o cansaço se avizinharem, eu vislumbro mais e mais realizações pra mim... porque acho que sou um caso desses onde "quanto mais amadureço, melhor e mais legal estou ficando"...

hahaha me deixem ser "sem modéstia" um pouquinho, vai.

agora... "espaço pra alguém entrar na minha vida"... não sei tem isso não... nem se é por aí.
eu acho que eu preciso ser levada pra vida de alguém, hahahaha... alguma vez na vida isso terá de acontecer, né?
:-D
e o meu objetivo é construir uma relação saudável, de interdependência, de crescimento, de espiral para cima onde os sonhos de cada um não fiquem estacionados em nenhum momento.

caramba, pensei no meu ex agora me chamando de hipócrita.... ele me disse algo assim (tipo isso) quando coloquei isso como motivo para terminar o relacionamento... ele, na verdade, nunca acreditou que fosse por isso. mas, de fato é. a gente tinha (apesar de ter muitos aspectos felizes e gostosos na relação) uma relação que nos anulava como indivíduos. para ele era muito tranquilo, porque ele estava se tornando alguém que ele gostaria de ser. para mim, era muito difícil porque cada vez mais eu me distanciava de quem eu era... imagine pensar no que eu gostaria de ser.

eu precisei separar por isso.
decisão de merda pra se tomar com dois filhos pequenos.
decisão de merda quando não há parentes por perto ou pessoas com obrigação moral de ajudar...
toca criar rede de apoio, toca a contar com amigos. toca a confiar nos outros. muitas vezes mais do que se deveria.
e toca a ficar sozinha. se desconstruir e reconstruir de novo. botar as coisas no lugar, arrumar a casinha, prepara a auto-sustentabilidade.

pra chegar alguém e bagunçar?
ahahahah nã nã ni na não! hahahahah

então, eu demorei o dia todo para escrever esse post e olha que o tiquezinho passou.
e olha que não sei ainda porque o chamei de "dores. prazeres."
talvez porque eu não tenha escrito exatamente sobre isso mas, sobre essa existência dúbia que eu tenho onde me sinto feliz, agraciada e protegida por meus guias e pai celestial. mas, que como ser humano, às vezes fica bem cansada de tanta correria.

são dores e prazeres mas, ultimamente, tenho optado apenas pelos prazeres. por olhar o lado bom das coisas, porque é isso que vai contar no final das contas...
Poxa vida, agora que estou indo dormir.
São praticamente 6 da manhã (5h30 mas, até chegar na cama...)
Hoje achei melhor virar e criar coragem e enfrentar as coisas que tenho que fazer.

Fiz algumas listas de pendências e conseguir resolver todos os emails de trabalho que eu precisava resolver. Listas de efeitos, emails, orçamentos. Tudo foi entregue.

Resolvi postar aqui e registrar porque me sinto leve. Fiz coisa pra caramba.
Chato é que já sei que será um dia cheio e intenso, muitas atividades mas, pelo menos meu coração está em paz.

Obrigada!
Uma das coisas mais desagradáveis que já vivenciei foi ver uma produtora, para quem trabalhei durante 3 meses e meio, me dizer que não pagaria meu cachê porque "não trabalhei" o suficiente ou ainda porque "não atendi às expectativas dela".

São contas e mais contas, comida, roupa, remédio, serviços essenciais para o funcionamento normal da minha vida com os meus meninos, compromissos com os quais não posso honrar porque uma pessoa decidiu sozinha que eu deveria trabalhar mais DOIS MESES (ou três ou cinco) de graça e quieta...

E como não pude aceitar, sua atitude foi a de concordar PACIFICAMENTE em não estender o prazo inicialmente combinado, para depois vir com essa argumentação de que não pagaria afinal, o trabalho não estava entregue... afinal eu não teria trabalhado ou, depois ainda, com o argumento de que o trabalho estava abaixo das expectativas.

Eu não sei quais membros da equipe estão fortalecendo os argumentos dessa pessoa. Mas, suspeito de quem. Mas de qualquer forma a mim não importa.

Eu hoje tive de dispensar a MJ. Semana que vem estarei sozinha com os meninos trabalhando no filme. Será sim mais uma semana difícil pra mim e pra eles. Agora mesmo sinto vontade de chorar e não consigo. Tenho vontade de postar no facebook e não posso. Eu estou impotente. Me sinto impotente.

Amanhã serei batizada.
E deveria estar potencializando sentimentos de amor e leveza.
Mas, estou remoendo esses sentimentos.
Como faço pra me libertar disso e me sentir mais leve?

Como faço para listar isso tudo e ficar mais leve?

Sabe, eu nunca liguei para essa coisa de santos.

Na verdade, em algum momento da vida, eu diria até que eu tenha colocado algum santo antônio de cabeça pra baixo em algum lugar (pra ver se desencalhava) mas, a verdade é que nunca levei muito a sério isso. Nem isso nem simpatia. Na minha formação religiosa, protestante, tem essa coisa de não adorar imagem e em casa nunca teve nem crucifixo, mesmo eu sendo filha de pastor e tudo.

E essa coisa do "intermediário" também nunca fez a minha cabeça.
Nem o padre, nem o pastor, nem os gurus, nem os santos, nem os espíritos, nem o nada.
A minha parada é direta ali com Deus. E sei que ele me escuta. Tanto escuta como tenho sido atendida e ensinada e guiada durante esses meus 30 e vários anos já...

Mas, nos últimos tempos, tenho compreendido como é que funciona essa coisa do "intermediário".
E não só isso, tenho aprendido a ver as intervenções. E mais, tenho percebido e "realizado" (do verbo 'to realize' ha ha ha) que de alguma forma sempre contei com essas ajudinhas e guias, a vida toda. Sim, sim, era Deus agindo mas, os guias guiando.

Aprendi a acender a vela do anjo da guarda.
Aprendi o papel do mestre-guru na meditação, Paramahansa Yogananda.
Aprendi o papel dos santos, guias, gurus, orixás e dos representantes principais das religiões como Jesus Cristo e Krishna... enfim, não vou me aprofundar mais em exemplificar porque não é isso o que quero dizer.

O que quero dizer é que hoje sinto e compreendo essa interlocução feita por cada uma dessas "figuras" dentro do papel evolutivo que a gente tem nessa existência... Um desses santos tem se apresentado e me tocado fortemente.

São Jorge.

Então, não poderia deixar o dia dele passar em branco.
Fui até a igreja e fiz a minha oração.
 Um profundo agradecimento pela orientação recebida.

:-)
Eu realizei, ontem, uma despedida.
Precisava deixar pra trás uma parte da minha história.
Precisava virar uma página.
.
Me despedi de alguém que amei muito. Tive que deixar pra trás.
Não, ninguém morreu. Mas, guardei um sentimento. E guardei uma foto desse momento de amor que se revelou separação... uma foto que, curiosamente, tiramos e não sabíamos que seria aquele o momento de despedida. Tem mais de um ano já...
.
Sei lá porquê mas, eu precisava dizer isso a ele. Eu precisava disso.
Precisava abrir esse espaço no meu coração.
E acabar com a pseudo-certeza de que "um dia vamos nos encontrar" porque isso me segura e o que tenho observado à distância, não me agrada, não me alimenta e não me traz troca... e isso, eu sei que não quero.
...
..
.
Então, sendo assim...
Ele me perdeu.
*
*
Eu não o perdi.
Mas, ele me perdeu.
.
..
...
Ele marcou a minha vida e está gravado na minha história.
Ele imprimiu página nesse blog de memórias.
Ele imprimiu presença, mesmo sem querer, em momentos muito difíceis.
E coisas assim não se perdem.
.
Ele só não compreendeu que eu não fui feita pra promessas...
Eu preciso de ação e não só resign(ação).
.
Mas, por outro lado, me ajudou a exercitar a paciência, a tolerância, a aceitação.
E, talvez não entenda nunca... mas, ficou dolorido para mim e um ano depois, vejo que apesar de tudo, cicatrizou... o que teríamos agora seriam apenas... lembranças doloridas de um amor colorido que não frutificou... pela distância em todos os sentidos que essa palavra possa comportar.
...
...
...
É ainda dói.
Mas, eu preciso crescer.
E crescer, nesse momento, significa essa ação: resignar.

E seguir.
...
Não sei o que vem mas, por hora, fui....
Sem querer reclamar mas, ficar doente, não é parte do meu perfil psicológico.
|
Febre, diarréia, dor de estômago entre outras coisas... nada disso deveria ser permitido pra uma mãe solteira (lamento mas, assim é), no meio do feriado, sem parentes por perto. Enchr o saquinho dos amigos nem passa pela cabeça... afinal, é meio de feriado, né gente. e como sempre, essa parada me pegou de surpresa, não foi avisando e eu, no fundo no fundo uma otimista, não tô dando confiança.
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Mas, estou observando os sintomas.
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Hoje, quando uma amiga me perguntou: "Será que é físico ou aquele monte de email que vc vem trocando com a advogada da produtora que não quer te pagar?"
Eu nem , pestanejei e respondi: "Tô propensa a acreditar que é um mix de tudo"... Continuamos conversando sobre ir ao médico, tomar chá de boldo, como fazer com as crianças... e em algum momento pensei como ia ser bom ter um colo, apoiar a cabeça e sentir um afago na orelha. Aí, tive que dizer para a amiga: "Acho que o que eu preciso é afeto."
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Ela não viu do lado de lá mas, aqui, doeu pacas.
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A constatação mental de que todas as figuras que eu pude visualizar me dando esse colo, de repente explodiam como balõezinhos num desenho animado.... nem era tanta gente... mas no final, eu estava em lágrimas.
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Como vida real, quem saia do filme, ou da brincadeira, ou do videogame pra me dar esse afago, eram os meninos. São os meninos. Eles que estão aí, sendo pacientes com essa mãe que trabalha e só se envolve em roubada, que tá sempre trabalhando, que tá sempre trabalhando e que tá sempre trabalhando... Ok, essa é a minha visão. Culpa de mãe. Queria, obviamente estar mais presente, não precisar trabalhar sábado, domingo e feriado em atividades que são nada mais nada menos do que tentar tirar da frente aquilo que não dá tempo de fazer durante a semana.
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Ou ainda, tentando refazer... Esse final de semana, fiquei tentando faxinar. Porque o fogão estava amarelo, porque o chão da sala está nojento. Eu nunca reparei em limpeza na casa porque nunca precisou. Ou seja, tenho que trocar mais uma vez a pessoa que me ajuda, porque não está ajudando... Mesmo tendo conversado, nào funcionou mais uma vez... Eu queria mesmo é não precisar ter ninguém que trabalhasse em casa. Nem concordo com esse modelo escravista, é foda mas, como a gente faz numa sociedade como essa e morando numa cidade, num bairro como esse?
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Tudo isso de alguma forma, isola um pouco mais.
Tem gente que não sabe se sou rica ou se sou pobre...
... Se sou branca ou se sou preta.
... Se sou inteligente ou burrinha.
... Se me despreza ou se alia comigo.
... Se sou de lua ou de marte.
... Se sou poderosa como aparento ou se sou manteiga derretida como demonstro.

De qualquer forma, me cansa demais essa coisa de tentar enteder tudo isso.
Por isso, não ando querendo entender nada.
Mas, tem padrões que são difíceis de mudar.

Eu estou acreditando que estou ainda na fase de depuração. Ficar doente deve fazer parte.
|
Ao menos minha consciência e alma estão em paz, só preciso lidar com a consequência material e física de ter escolhido a paz. E me assegurar de que não vou ficar desamparada num futuro muito breve. Uma parte do afeto devo ir construindo na troca com meus meninos.
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E isso nada paga. Com eles é só recompensa.
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Pois mesmo nos momentos difíceis, temos uns aos outros e estamos sempre juntos...
...E sendo companheiros uns dos outros.
|
A outra parte do afeto, vou encontrando nos amigos, nas conversas por whatsapp, telefone e Skype pois muitas pessoas queridas realmente estão longe. Vou me alimentando de vibe positiva, leitura esclarecedora. Da presença no templo e na CALMa... porque tem isso, ainda.

Deus, a força superior, esse algo maior completa o que não se preenche de nada. preenche os meus silêncios, meus vazios, os espaços em branco, as lacunas...

E assim, seguimos.
Carpe Diem. Ohm. Paz.


Outro dia, um amigo de facebook, o Anderson Quack, postou um desabafo foda. Daqueles de tirar o fôlego, fui lendo e fui sentindo. Falava sobre a tal síndrome de vira-lata que volta e meia a gente tem e nem percebe. Seguiram-se inúmeros comentários de "lindo texto", "poxa, daria um livro", qualquer coisa assim, ao meu ver, comentário desses clássicos de facebook, onde a gente lê mas, não pensa direito e curte... Diz que lindo! de imediato mas, não viu muito bem o que era ou só, olhou achou corajoso e passou.... o texto dele começou assim...

"Vejo muitos jovens sucumbindo pelo simples fato de não saberem quem são, qual seu papel na familia, na sociedade, por que não aprenderam o valor das coisas, às vezes faltou a avó falando no pé do ouvido "menino, menina, come pelas beiradas", às vezes faltou um pai presente, uma mãe que não fosse tão sofrida, isso tudo que vai formando a gente e que faz a gente se achar ou se perder tão cedo."

Comentei sabe.
Aquele texto era foda, era cru.
Caramba.
Ninguém percebia isso?
Como assim?
.
Ele postou um relato de quem vive na pele todo dia uma parte da vida real quem nem todo mundo quer ver. Ou vê mas, é melhor se for na tela do cinema ou na página de um livro. Ter contato com essa parte da realidade, muitas vezes, com a vida real mesmo, ninguém quer. Muitas vezes, a gente não quer encarar a nossa própria vida real e vai vivendo assim como dá.... ora conformismo para uns. ora superficialidade para outros. ora consumismo para uns. ora brigando o tempo todo para outros.
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Eu sei o que é a vida real também. E eu não conheço o Quack pessoalmente, trabalhamos indiretamente no programa do Multishow o Vai Dançar, com a Suzuki apresentando... mas, não precisa mesmo sabe como é? Tem coisas que a gente se reconhece, a gente compreende os códigos certo? E do meu ponto de vista, a  gente luta pelo bem, a gente luta por sobrevivência todos os dias... gente trabalha, a gente se esforça, a gente corre atrás. A gente, falando de mim e dele, ainda tem a sorte (sorte?) de estar num maisntream onde somos aceitos de alguma forma nessa ambientes artísticos e da comunicação.... e de uma forma ou de outra, mesmo assim a gente sente na pele a vida real...
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A opressão tem muitas formas de se apresentar.
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Muitas vezes ela vem disfarçada de um pequeno olhar de desprezo ou no jeito petulante de alguém falar com  a gente como se fossemos inferiores... Muitas vezes as pessoas não percebem...
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Aí, ele posta um texto enorme, cru, dando a real de um sentimento difícil "para caraleo", tá certo?
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E leio gente dizendo "que lindo"?
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Poxa que lindo é se sentir o cocô do cavalo do bandido na vida e observar o mundo dividido que estamos vivendo e ter a coragem de falar sobre isso? O relato é corajoso, antes de mais nada. Porque está postado aí, na rede social e ele não pede licença nem desculpas para falar disso. É um relato dolorido porque a sindrome de vira-lata é uma via de mão dupla. A gente sente mas, também nos enxergam assim... E foi assim que fui lendo e fui sentindo...
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Eu, cada dia mais abandono e me distancio dessa síndrome de vira-lata.
Não me escondo mais atrás do medo de achar que vão me derrubar.
Não me escondo mais atrás de tristeza, de dor ou solidão.
E meu espaço é meu primeiro. E estão os meus filhos e eles merecem uma mãe inteira, linda, inteligente e confiante. E ser e sentir isso é o que posso fazer.
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Mas, sabe o que é o pior que acontece?
Ainda tem que me enxergue como vira-lata.
Quiçá porque me conheceu assim... quiçá porque me julga assim... quiça porque julga todos assim.
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Voltando aos comentários sobre o post-texto-relato do Quack, na minha análise, é como.... sabe filme que ganha Oscar mas, ganha Oscar falando da dor e do sofrimento dos outros? E aí todo mundo acha lindo e aplaude e dá um prêmio de ouro maciço pra quem foi lá e ganhou DINHEIRO falando a respeito do sofrimento dos outros?
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Então... tipo isso.
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E olha, nem critico quem faça o filme, quem retrate... Tem que retratar mesmo, tem que falar mesmo a respeito e, abrindo parenteses (porque nunca escrevi disso à epoca, estava deprimida demais para isso), foi bacana que nesse último Oscar, por exemplo, tenha acontecido tudo aquilo de SELMA e de Patricia Arquette... Mas, ainda assim eu paro e penso... de que forma foram reparadas as pessoas retratadas? De que forma as mulheres ganham poder naquele discurso?
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A auto-estima do negro e do pobre dessse nosso país é muito destruída.
As cabeças estão carcomidas por conceitos e morais e valores que ajudam a essa auto-estima a ser empurrada pra baixo.
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E por mais que a gente se sinta poderoso e preparado... é uma luta!!
As pessoas NÃO ENXERGAM A GENTE COMO TAL.
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Ou seja, o esforço é duplo.
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Quem é que merece isso, meu irmão?
E é tanta entrelinha pra falar que eu passaria horas e infinitas linhas a respeito.
Volto a tocar nisso em algum momento.
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Eu li hoje uma notícia e um post comentando a notícia que me lembra muito isso, com outro viés completamente diferente... o tal menino Cristian de 11 anos, condenado na Pensilvânia. Em tempos onde se fala tanto e estamos num país de mente conservadora, cheio de carências sociais e intelectuais, estamos prestes a aprovar a redução no país inteiro. Mas, fica pra outro dia. Pra outra inspiração.


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